Por Eci Scardini
O Partido Social Democrático (PSD) da Serra, insatisfeito com o rumo das conversas com o pré-candidato a prefeito, Sérgio Vidigal (PDT), passou a emitir sinais de descontentamento desde a tarde da última quarta-feira (20).
Na quinta-feira (21) pela manhã, o presidente municipal do PSD, Flávio Serri, se reuniu em Laranjeiras com os também pré-candidatos a prefeito Osvaldino Luiz Marinho (PRTB) e Gideão Svensson (PR), buscando uma aproximação que culminasse no lançamento de uma candidatura única para enfrentar Audifax (Rede) e Vidigal nas urnas. A iniciativa esbarrou em Osvaldino, que não aceitou abrir mão de ser cabeça de chapa.
O grupo estabeleceu um prazo de até a próxima segunda-feira (25) para avaliarem o quadro e tomar uma decisão. Entretanto, ficou estabelecido que cada um faria seu movimento.
Flávio Serri não perdeu tempo e foi levar a insatisfação do partido na Serra ao presidente Regional do PSD, o diplomata José Carlos da Fonseca Júnior; insatisfação também compartilhada pela presidente da Câmara da Serra, vereadora Neidia Pimentel, candidata à reeleição.
“Eu narrei para o presidente a nossa insatisfação em decorrência da falta de uma discussão mais avançada com
Vidigal, para sabermos qual será o nosso papel na campanha e também com qual partido iríamos firmar coligação na chapa de vereador. Frisei também que o PDT virou as costas para os nossos pré-candidatos a prefeito de Vitória, Enivaldo dos Anjos, e de Vila Velha, Neucimar Fraga e, que em função disso, estava colocando o meu nome para prefeito da Serra”, destacou Serri.
Quinta e sexta foram dias de muita movimentação. Serri saiu em busca de um partido que garantisse uma ‘perna’ para vereador e, no sábado (23), conseguiu o apoio do PMB e fechar a chapa majoritária e a proporcional. Serri declarou que o empresário e presidente do PMB, Silvio Leite, será o seu vice. A iniciativa do PSD da Serra conta com o apoio do deputado estadual Enivaldo dos Anjos, que declarou publicamente que se precisar, fará uma intervenção no diretório da Serra para garantir o fim das conversas com Vidigal e a candidatura própria.
Jogo político
A possível candidatura de Flávio Serri não é boa para Audifax e nem para Vidigal, uma vez que o PSD, junto com o Rede, PSB, PDT e PT, divide o movimento popular. Muitos presidentes e diretores de associações de moradores são filiados ao PSD, e Serri tem muita experiência e jogo político, que podem tirar preciosos percentuais de votos das duas principais candidaturas.
O quadro de possíveis candidatos a prefeito da Serra nesse momento é o seguinte: Audifax Barcelos (Rede), tendo o PSB como vice; Sérgio Vidigal (PDT), com Vandinho Leite (PSDB) como vice; Osvaldino Luiz Marinho e Jaísa Miranda para vice, ambos do PRTB, Flávio Serri (PSD) e Silvio Leite (PMB) como vice e Gideão Svensson (PR), sem ainda ter indicativo de quem poderá ser o seu vice.
A manutenção ou não desse quadro dependerá do avanço das conversas que vêm sendo realizadas a todo momento. Os partidos têm até o dia 5 para realizar as suas convenções. Uma vez realizada a convenção, os partidos tem 24 horas para registrá-las em cartório e levá-las à Justiça eleitoral, o que elimina manobras de última hora para a retirada de candidaturas e trocas de nomes.
O presidente do PMB, Silvio Leite não foi encontrado para falar a respeito da possível coligação com o PSD.