‘Boi na linha’ na vida animal da Ufes

Nesta sexta-feira (18) a Universidade Federal no Espírito Santo – Ufes – que fica em Vitória – foi palco de uma atitude vergonhosa. Em protesto, um grupo de servidores da universidade levaram um boi e o amarraram em frente à reitoria da universidade. A reclamação dos funcionários são as políticas econômicas do governo Dilma Rousseff (PT). Os servidores estão em greve desde o dia 28 de maio e não têm data para retornarem ao trabalho. O principal motivo é conseguir um reajuste salarial.

Por conta desses motivos, os servidores decidiram expor o animal levando em consideração uma frase dita pela presidenta do Brasil: “Nem que a vaca tussa”.

A atitude causou comoção de protetores e ativistas da causa animal. Uma delas é Ligia Diniz que antes mesmo de o protesto acontecer já estava indignada só em pensar na hipótese da exposição do boi. “Que absurdo! Expor um animal indefeso, sem conseguir entender o porquê de estar nesse lugar e ainda, numa sombra minúscula, amarrada e uma porção de pessoas zombando. Se isso é aceitável, juro que prefiro ser diferente! Além do mais e se a Dilma dissesse: nem a mãe tussa, será que eles levariam a mãe?”, protesta a ativista.

Cães e gatos sob risco do envenenamento no Campus

Não é de hoje que o descaso de alguns servidores da Universidade Federal do Espírito Santo afetam os animais. Cães e gatos sofrem ameaças constantes dos funcionários do local que, segundo denúncias, dizem que irão envenenar os bichos.

Os cachorros e os gatos que habitam o campus são alimentados e cuidados por um grupo de protetores que fazem o trabalho voluntariamente na faculdade. Segundo uma das protetoras a preocupação com os animais é constante.

Em nota, a Administração Central da Ufes informa que tem ciência de que, atualmente, existem três matilhas dentro do campus de Goiabeiras. Embora alguns cães sejam agressivos e intimidem pessoas que circulam pelo campus, não há informações sobre ameaças de envenenamento ou maus tratos contra os animais. Ao contrário, existem estudantes e servidores que alimentam e cuidam dos cães.

A Administração Central da Ufes destaca que, na busca de resolver a questão de forma responsável, está sendo firmado um termo de cooperação técnica entre a Universidade, a Prefeitura de Vitória e a Sociedade Protetora dos Animais para que seja realizado um controle sobre os animais.

No momento, este termo se encontra na Prefeitura de Vitória para análise, o que impossibilita a Ufes de tomar alguma providência imediata. A proposta, que conta com a concordância da Sociedade Protetora dos Animais, é que os animais sejam capturados, castrados e disponibilizados para adoção. A cooperação técnica está sendo acompanhada pelo Ministério Público.