A mineradora Vale informou nesta segunda-feira (10) que paralisou parcialmente a produção dos Sistemas Sudeste e Sul, visando garantir a segurança dos seus empregados e comunidades em razão do nível elevado de chuvas que atingem Minas Gerais.
Só para se ter uma ideia da expressividade econômica da empresa para o ES, em 2019 quando a empresa precisou paralisar a produção devido ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG), o estado sofreu imediatamente os efeitos da queda de arrecadação. A participação de Vitória (sede fiscal da empresa no ES) no PIB Estadual caiu aproximadamente 3% em comparação com 2018.
A Vale é a segunda maior empresa que atua no ES, de acordo com levantamento do IEL-ES a empresa apresentou uma receita de R$ 11,5 bilhões no ES em 2020, ficando atrás somente da Petrobrás que auferiu uma receita líquida de mais de R$ 27 bilhões.
Segundo comunicado, a circulação de trens na Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) foi afetada. Apesar da paralisação, a Vale manteve sua meta de produção de 320 milhões a 335 milhões de toneladas de minério de ferro para 2022.
Segundo a companhia, no Sistema Sudeste, a EFVM foi paralisada no trecho Rio Piracicaba-João Monlevade, impedindo o escoamento do material da mina de Brucutu e no complexo de Mariana, “que estão com a produção suspensa”. Toda essa produção é escoada pelo Espírito Santo.
O trecho Desembargador Drummond-Nova Era também está paralisado, mas em fase de liberação e não afetou a produção do Complexo de Itabira.
No Sistema Sul, em função da interdição de trechos das rodovias BR-040 e MG-030, da segurança de circulação de empregados e terceiros e da infraestrutura da frente de lavra das minas, a produção de todos os complexos está temporariamente paralisada.
“A Vale está tomando todas as medidas necessárias para a retomada das atividades, mantendo o foco nos cuidados necessários para garantir a segurança dos empregados e das comunidades localizadas no entorno de suas estruturas”, disse a empresa.
Conforme a Vale, o Sistema Norte segue operando conforme o plano de produção, que considera o impacto sazonal do período chuvoso em todas as operações.
A companhia ressaltou ainda que “não houve alteração do nível de emergência em nenhuma de suas estruturas, que são acompanhadas permanentemente por inspeções, manutenções, radares, estações robóticas, câmeras de vídeo e instrumentos, como piezômetros manuais e automáticos”.
Em seu documento, a mineradora informou que permanece acompanhando o cenário de chuvas em Minas Gerais e monitorando suas barragens, 24 horas por dia, em tempo real, por meio dos Centros de Monitoramento Geotécnicos.
“Ressalta-se que não houve alteração do nível de emergência em nenhuma de suas estruturas, que são acompanhadas permanentemente por inspeções, manutenções, radares, estações robóticas, câmeras de vídeo e instrumentos, como piezômetros manuais e automáticos”, informou a Vale.
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