Antes militantes de partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff, os deputados federais Givaldo Vieira (PT) e Sérgio Vidigal (PDT) devem estar de lados opostos neste fim de semana, em Brasília, por ocasião da votação em plenário do processo de impeachment Dilma Rousseff (PT), acusada de ter maquiado contas públicas por meio de operações fiscais irregulares. A votação está prevista para ter início nesta sexta-feira (15) e a conclusão aconteceria no domingo (17).
Contrariando as orientações do PDT nacional, que defende a permanência da presidente, o deputado Vidigal reuniu a militância e anunciou seu voto a favor da saída da petista.
“Entendemos que o pais não pode conviver nem com Dilma, nem com Temer, nem com Cunha e nem com Renan. A faxina tem que ser geral e vamos começar a fazê-la no domingo”, disse ele ao Tempo Novo.
Já o deputado Givaldo acredita que o colega capixaba poderá rever sua decisão. “O deputado Sérgio Vidigal tem uma trajetória democrática, já fez parte do Governo federal na gestão de Lula e seu partido compõe a base aliada do Governo Dilma. Espero que até o momento da votação reavalie sua posição”, disse o petista.
Outro petista que acredita que Vidigal deve rever sua posição é o presidente do PT da Serra, Cléber Lanes. “Sérgio está equivocado, desconstruindo uma história de posicionamento junto ao interesse da população brasileira, especialmente a mais pobre, de onde ele sempre esteve próximo. Isso indica uma mudança de rumo. Esta opção pode custar caro a ele. Acredito que não votará a favor do impeachment, vai rever sua posição”.