Neste ano de 2024, o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (SINDUSCON-ES) completa 90 anos de existência. Tempo Novo conversou com o presidente do sindicato, Douglas Vaz, sobre o que esperar para o centenário.
A criação do sindicato, como explica o presidente, se deu em 1934 com um pequeno grupo de construtores liderado por Aurélio Porto. “Ele surgiu diante a necessidade de regulamentar e criar padrões construtivos para elevar a indústria e fortalecer a base”.
Hoje o sindicato funciona como um interlocutor para as empresas de construção, através de comissões que se reúnem periodicamente, buscando soluções para desafios e demandas tanto dentro das “torres da entidade, como com o setor público”, explica o presidente.
Com noventa anos de história e rumo ao centenário, o Sinduscon já possui planos e metas traçadas para os próximos 10 anos. “Vamos melhor a questão da tecnologia, qualificando também melhor o colaborador. Queremos trazer uma melhor qualidade de vida para esse trabalhador, além de mais inovação e suportabilidade para as construções”, aponta o empresário.
Quanto aos objetivos, Douglas Vaz traz a função de geração de emprego engenhada, a redução do déficit habitacional e a melhoria da infraestrutura do Espírito Santo como tópicos principais. “Se hoje temos um estado de credibilidade e resultados, podemos afirmar que nós também participamos dessa construção”.
Fundado em 1934, o sindicato surgiu em meio a um período em que o Brasil buscava avançar como um país industrializado e não mais apenas agrícola, na seara econômica, e, na política, ainda sentindo as consequências da revolução constitucionalista de dois anos antes, em que o governo provisório de Getúlio Vargas foi questionado. Em julho daquele ano, o país promulgava a segunda Constituição Federal da era republicana, e Vargas era oficializado como Presidente da República.
Em Vitória, a sede pelos avanços era ainda maior diante de um estado que, histórica e estrategicamente, havia sido até então pouco desenvolvido. Nesse cenário, um grupo de construtores capixabas deu demonstração de pioneirismo e vanguarda, criando um dos primeiros Sindicatos da Indústria da Construção do Brasil. O texto que o constituiu diz que o objetivo da entidade era atingir “fins de pesquisa, informação, coordenação, proteção e representação legal da categoria econômica da Indústria da Construção Civil no âmbito do Estado do Espírito Santo”.
Foi no mês de outubro de 1934 que se realizou a assembleia de instalação do então denominado Sindicato dos Construtores Civis de Vitória. A sede da entidade ficava na famosa Rua 7 de Setembro, nº 60, no Centro de Vitória. Na ocasião, havia 11 empresários do ramo da construção civil presentes ao ato solene. Eram eles: Aurélio Porto, Radagásio Alves, Camillo Gianordoli, Antônio Becacici, José Meira Quadros, André Carloni, Victorino Cardoso Teixeira, João Baptista Golvêa, José Bernardino Cruz, Carlos Pilorotti e Manoel Antônio José de Brito. O primeiro presidente da entidade, eleito para uma gestão de dois anos, foi o Sr. Aurélio Porto.
O reconhecimento do sindicato pelo Governo Federal veio em maio de 1935, em virtude da demora processual da época, em despacho proferido pelo Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, Joaquim Pedro Salgado Filho, reconhecendo o sindicato em data de 22/05/1935. Em janeiro de 1942, a CARTA SINDICAL foi registrada no Departamento Nacional do Trabalho.
Com a Missão de “Defender os interesses do segmento econômico, objetivando o fortalecimento do setor de forma sustentável”, e a visão de “Consolidar-se como instituição importante no crescimento econômico do Espírito Santo e ser referência nacional como entidade promotora do desenvolvimento da Indústria da Construção”, o Sinduscon atravessou todos esses anos de mãos dadas com a sociedade capixaba, munido das crenças e valores que norteiam suas atividades: Ética, Transparência, Comprometimento, Competência, Inovação, Representação Participativa e Valorização do Ser Humano.
O Sinduscon-ES chega aos 90 anos com o olhar voltado ao futuro, adaptando-se às exigências contemporâneas e sendo a casa do empresário da construção, além de ser uma entidade sintonizada com a realidade à sua volta, sabedora da importância que tem não só para a economia, mas também para o desenvolvimento social do Espírito Santo.
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