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Saulinho
Saulinho, vereador e presidente da Câmara da Serra, é colunista do Tempo Novo.

Mais que um dia azul: o que as datas do autismo e da síndrome de Down revelam sobre nós

Para além do valor simbólico, o que a sociedade faz — ou deixa de fazer — quando se trata de inclusão?

Todo ano, no dia 2 de abril, o mundo se veste de azul para lembrar do Transtorno do Espectro Autista. No dia 21 de março, as redes se enchem de corações, meias desparelhadas e frases de apoio às pessoas com síndrome de Down. As datas ganham hashtags, campanhas, homenagens. E depois? O que fica quando o calendário vira a página?

Essas datas têm, sim, um valor simbólico fundamental. Elas são lembretes sociais: cutucam a memória coletiva, tiram os temas da invisibilidade, criam pontes entre quem vive as realidades da deficiência e quem passa ao largo delas. Mas é preciso ir além da simbologia. Porque autismo não se manifesta só em abril, nem a síndrome de Down é vivida apenas em março. E muito menos os desafios enfrentados por essas pessoas se resolvem com um post bonito ou uma camiseta temática.

A grande questão é: o que estamos fazendo com essas datas?

Elas deveriam servir como gatilho para algo mais profundo — um compromisso. Um chamado à responsabilidade coletiva de pensar políticas públicas eficazes, acessos reais, inclusão de verdade. Porque não basta dizer que todas as vidas importam se, na prática, o acesso à educação inclusiva é precário, os diagnósticos são tardios, e o mercado de trabalho continua de portas fechadas para quem foge do “padrão”.

Enquanto para algumas pessoas essas datas passam batido, para outras elas escancaram o que ainda falta. A mãe que luta por atendimento especializado para o filho. O jovem que ouve mais “não” do que “sim” em entrevistas de emprego. A criança que, sem apoio pedagógico, é empurrada para fora da escola.

Sim, seria ideal que se falasse sobre isso todos os dias. Mas o fato é que boa parte da sociedade só olha para essas questões quando o calendário aponta. E talvez esse seja o papel mais duro — e mais necessário — dessas datas: provocar um mínimo de atenção, para que dali possa nascer uma transformação mais constante.

O mês passa. O banner sai. O azul desbota. Mas a realidade permanece.

Que essas datas não sejam um fim em si mesmas, mas um ponto de partida. Um lembrete de que, enquanto não houver inclusão real, dignidade garantida e oportunidades concretas, o dia do autismo e o dia da síndrome de Down não são celebrações — são alertas.

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