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Deputados divulgam relatório da CPI do Pó Preto nesta quarta (07)

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Moradores do bairro Cidade Continental, Serra, são vizinhos ao Complexo de Tubarão e sofrem com a poluição. Foto : Arquivo TN / Bruno Lyra
Moradores do bairro Cidade Continental, Serra, são vizinhos ao Complexo de Tubarão e sofrem com a poluição. Foto : Arquivo TN / Bruno Lyra

Depois de dois adiamentos, finalmente o resultado da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Pó Preto da Assembleia Legislativa (Ales) poderá ser conhecido pelos capixabas. A apresentação do relatório da CPI está marcada para amanhã às 13h no Plenário Dirceu Cardoso, na Assembleia Legislativa, e será aberta ao público.

A CPI surgiu em meio ao crescente questionamento dos moradores da Grande Vitória quanto a poluição gerada no Complexo Industrial de Tubarão (Vale e ArcelorMittal Tubarão). O objetivo da comissão era investigar as duas empresas, mas acabou estendendo a outras atividades, inclusive a Samarco, que fabrica pelotas de minério de ferro no litoral do ES. Falou se até em poluição da Fíbria (Ex- Aracruz Celulose).

Para críticos, a CPI desviou o foco e não teve a abrangência necessária. É o caso do biólogo André Ruschi, filho do cientista capixaba Augusto Ruschi, patrono nacional da ecologia. André foi coordenador técnico da CPI da Poluição, que tinha como foco na época CST e Vale do Rio Doce (Atuais Arcelor e Vale). Aquela CPI aconteceu também na Ales, mas na década de 1990.

“Por que não se resgata a CPI de 1996, que já analisou não só as consequências do pó preto, mas do SO2 (dióxido de enxofre), benzeno e outros poluentes? Porque agora é só o pó preto? É uma maneira de fazer desaparecer os outros da cena que são piores, invisíveis e matam”, criticou

em entrevista exclusiva ao Tempo Novo em março último.

O biólogo Andre Ruschi foi o coordenador técnico da CPI da Poluição em 1996 e criticou as investigações atuais. Foto: Arquivo TN / Bruno Lyra
O biólogo Andre Ruschi foi o coordenador técnico da CPI da Poluição em 1996 e criticou as investigações atuais. Foto: Arquivo TN / Bruno Lyra

Segundo André, os gases das siderúrgicas são cancerígenos e a CPI atual não deu devida atenção.  “Há hidrocarbonetos. Um dos mais conhecidos é o benzeno.  Da família dos benzenos há entre 230 e 240 tipos de gases. Então junta hidrocarboneto, SO2, carvão, metal pesado, forma sulfetos metálicos. Isso é respirar vapor de solda”, alertou na ocasião.

Defesa

Já o presidente da CPI do Pó Preto, o deputado estadual Dr. Rafael Favatto (PEN), declarou à assessoria de imprensa da Ales que o trabalho da comissão já trouxe benefícios à população capixaba.

“Nós conseguimos, por exemplo, que as empresas Vale, Arcelor e Samarco, declarasse investimento nos valores aproximados de R$ 300 milhões até 2020 em seus pátios para diminuir a quantidade de particulados emanados no ar”, disse.

Favatto afirma ainda que os trabalhos não irão parar na entrega do relatório. “Vamos continuar cobrando respostas das empresas e os órgãos competentes através a Comissão de Meio Ambiente e Proteção aos Animais. Engana-se quem pensa que nós vamos esquecer o Pó Preto. E se preciso for, ainda nesta legislatura, a gente reabre a CPI”, frisou.

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Moradoras do bairro Lagoa de Carapebus, vizinho ao Complexo de Tubarão, aplicam bombinha para tratar asma em criança: poluição agrava problemas respiratórios. Foto: Arquivo TN / Bruno Lyra

Durante os 180 dias de trabalhos da CPI do Pó Preto foram realizadas dezenove sessões ordinárias e cinco extraordinárias. Três visitas técnicas (Vale, Arcelor e Samarco) e cinco audiências públicas (Vitória, Vila Velha, Anchieta, Serra e Cariacica). Foram 51 depoimentos colhidos.

São membros da CPI do Pó Preto na Assembleia Legislativa os deputados, Rafael Favatto (PEN51), presidente; EricK Musso (PP), vice-presidente; Dary Pagung (PRP), relator e Gilsinho Lopes (PR) e Euclério Sampaio (PDT), como membros.

 

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