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A (indi) gestão das águas capixabas

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Por Bruno Lyra

A falta d’água já uma realidade do Espírito Santo. E não dá para atribuir só a superseca que castiga os capixabas há três anos, mas principalmente à má gestão de nossas nascentes, rios e lagoas. Há décadas especialistas vinham alertando para o problema. O maior deles, o cientista e ambientalista Augusto Ruschi, foi demonizado por parte da nossa elite política e econômica.

Éramos para ter feito reservatórios. Principalmente para a Grande Vitória, onde além da concentração de população, há a imensa demanda por água de nosso parque siderúrgico. O estado perdeu uma ótima oportunidade para construir esses reservatórios na década de 2000, quando se vivia a bonança do petróleo e do crescimento econômico. Agora, sem dinheiro, pena para tentar fazer uma represa no rio Jucu.

E olha que em 2007, a ONU através do Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas reforçou o alerta: o aquecimento global tornaria o ES mais quente e com secas mais prolongadas. A cada revisão das previsões do painel, novos avisos sobre o perigo da desertificação de nosso território.

Os 1,7 milhão de moradores da Grande Vitória podem em breve viver uma situação inédita: ficar com as torneiras secas por absoluta falta d’água nos rios Jucu e Santa Maria. E o que dizer das empresas? Sem água, as gigantes Vale e ArcelorMittal não podem produzir. Sem ambas, a economia local viverá um baque sem precedentes. Vide o caso da Samarco.

Colapso este que já chegou ao interior. A produção agrícola capixaba está comprometida, arrastando com ela a já combalida receita dos municípios e o comércio local. Ameaça que se estende à produção de alimentos frescos consumidos na Grande Vitória, que vêm em sua maior parte de Santa Maria de Jetibá, Domingos Martins e Marechal Floriano; municípios onde estão as cabeceiras do Jucu e do Santa Maria.

E os tão prometidos reflorestamentos? Por enquanto, só são vistos em peças de publicidade ou nas solenidades alusivas ao Dia do Meio Ambiente ou ao Dia da Água que as autoridades fazem, com o Coral da Cesan entoando a canção Planeta Água.

São escassas as reservas ambientais nas bacias do rios Jucu e Santa Maria. Qual reserva nas duas bacias foi criada nas gestões anteriores de Paulo Hartung (2003 – 2010) e nesta? E na de Renato Casagrande (2011 – 2014)? Nada, com exceção de alguns produtores rurais que resolveram transformar suas propriedades em reservas naturais, mas que em área total ainda são pouco expressivas para reverter à redução d’ água nas duas bacias.

E pior: o Estado vem dando autorização para desmatar mata Atlântica, como o corte de 8,3 hectares que acabou com uma floresta entre a lagoa Juara e o rio Reis Magos, na zona rural da Serra, durante o mês de julho.

E o que dizer da Cesan? A empresa lucra com a água que coleta, trata e distribui, mas é incapaz de ajudar na recuperação dos rios. O ponto onde capta água tanto no Jucu quanto no Santa Maria é desmatado, com pastagens chegando à beira d’água, onde há gado que pisoteia e defeca nas margens dos frágeis mananciais. Sem contar a deficiência da Companhia em relação à abrangência e qualidade do tratamento de esgoto, o que redunda na transformação desses dois rios vitais em verdadeiras latrinas. Principalmente o rio Jucu.

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