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Tarefa árdua e necessária

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Por Bruno Lyra

Não será fácil para o vencedor da disputa entre Audifax Barcelos (Rede) e Sérgio Vidigal (PDT) comandar a Serra pelos próximos quatro anos. Locomotiva da economia capixaba, o município talvez só não esteja sofrendo mais que Anchieta com a paralisação da Samarco.

Só de contratos suspensos da Samarco com terceirizadas sediadas na Serra, a cidade vai deixar de girar 350 milhões em negócios até o início de novembro, data de aniversário do desastre/crime ambiental de Mariana – MG, quando a mineradora teve as atividades suspensas.

A prestação de serviços dessas terceirizadas estão impactando a arrecadação de ISS na Serra. Em informação divulgada em julho último, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da cidade estimava perda de R$ 40 milhões na receita do município por conta da paralisação da Samarco.

Outro impacto foi o desmonte do centro de distribuição de equipamentos da Petrobrás para a extração de petróleo no mar localizado no TIMS, que foi transferido para Macaé no Rio de Janeiro. Soma-se isto as dificuldades de Vale e ArcelorMittal Tubarão com o preço baixo do minério de ferro e do aço no mercado internacional, o que reduz a perspectiva de novos investimentos das duas gigantes de Tubarão, apesar do minério vir apresentando uma ligeira melhora no valor no último trimestre.

O setor de rochas ornamentais, que tem na cidade o principal parque beneficiador com cerca de 200 empresas, vai melhor: vem acumulando aumento em volume de rochas exportadas. Mas, em razão da desvalorização do real perante o dólar e também pelo aumento da oferta gerada pela pulverização da produção, o valor arrecadado com as vendas vem caindo.

No mercado imobiliário o quadro é especialmente dramático. Depois do boom da década de 2000, o número de novos lançamentos foi caindo vertiginosamente. Hoje há um estoque enorme de imóveis comerciais e residenciais disponíveis.

O setor de varejo da Serra, que já sofre com os efeitos da crise nacional, tem seu desempenho negativo catalisado pelas dificuldades ainda mais profundas que a economia capixaba enfrenta.  Basta uma breve circulada por Laranjeiras para notar a quantidade de imóveis comerciais ociosos, muitas deles até hoje sem receber uma loja sequer desde que foram erguidos.

É um cenário que empurra a arrecadação para baixo. O orçamento da cidade para 2015 foi previsto em 1,4 bilhão, para este ano caiu para R$ 1,2 bilhão. Para 2017, o montante previsto é continua em R$ 1,2 bilhão.

Isso numa cidade onde expressiva parcela da população, que deverá chegar a 500 mil moradores em 2017, depende dos investimentos públicos:  da cesta básica, passando pela creche, escola, posto de saúde e unidade de pronto atendimento até o asfaltamento de ruas. Parcela que, com a crise, tende a ficar maior.

Será imprescindível para o próximo prefeito recuperar a capacidade da Serra em atrair novos investimentos, aproveitando a localização estratégica, o bom parque logístico e a infraestrutura invejável que a cidade possui.

Também caberá ao dono do próximo mandato a missão de trazer novamente os investimentos do governo do Estado, que simplesmente sumiram. Basta olhar as obras inacabadas do Contorno de Carapina, do Contorno de Jacaraípe, da reforma do colégio Aristóbulo Barbosa ou das nem iniciadas do Faça Fácil, Contorno do Mestre Álvaro, mergulhão viário de Carapina.

Sem contar que o prefeito terá ainda a tarefa de articular junto ao governo do Estado e aos municípios vizinhos uma política de segurança no abastecimento de água, onde vivemos uma crise sem precedente. Além do sofrimento à população, a falta d’água afasta investidores e novos empreendimentos.

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