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“A agropecuária gera 88 mil postos de trabalho no Estado”

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José Maria disse que o Estado está facilitando a construção de barragens nas propriedades rurais para encarar a seca. Foto: Divulgação
José Maria disse que o Estado está facilitando a construção de barragens nas propriedades rurais para encarar a seca. Foto: Divulgação

Bruno Lyra

Comandando o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do ES (Idaf) desde abril de 2015, o morador da Serra, José Maria de Abreu Júnior, fala dos desafios do órgão no momento em que o estado atravessa uma das piores secas de sua história. Abreu revela plano para desburocratizar o atendimento ao produtor rural e, claro, também fala um pouco de política pois é um dos homens próximos ao ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT), onde inclusive foi secretário de finanças durante a última gestão do pedetista na Serra.    

Quais efeitos dessa estiagem na agropecuária e o que o Idaf está fazendo para ajudar a minimizá-los?

As pessoas mais experiência falam que nos últimos 50 anos esta é a seca mais drástica, com reflexos severos na produção agrícola e pecuária. Para minimizar simplificamos o licenciamento de barragens, reduzindo custo e burocracia para o produtor armazenar água.

Restringir ou até mesmo proibir a irrigação, como o governo tem feito, é o melhor caminho?

Essa foi uma decisão tomada em conjunto com outros órgãos que compõe o comitê hídrico do Estado. Mas produtores rurais, junto com comitês de bacias, prefeituras e até o Ministério Público tem conseguido soluções locais para reverter a proibição total, criando um novo formato de acordo. O estado entra como parceiro da articulação. Por exemplo, em Pinheiros (norte do ES) foi possível retomar a irrigação à noite.

Qual o papel do Idaf na ampliação da cobertura florestal?

Primeiro trabalhar a consciência do produtor rural pois quanto maior a cobertura florestal, maior será seu ganho. E com Cadastro Ambiental Rural (CAR), vamos ter um raio – x da situação atual, sabendo onde está mais degradado e onde o produtor precisa recuperar.

Quantas propriedades já estão cadastradas?

Já conseguimos cadastrar 29% delas e há outras 21% em processo. Mas é possível que o Governo Federal venha ampliar o prazo, que vence no próximo dia 05 de maio.

Recentemente o ES virou manchete nacional por conta da concentração de agrotóxicos em suas lavouras….

O Idaf tem um sistema de análise e fazemos diferente de outros estados: vamos à propriedade, colhemos os produtos e mandamos para análise. São analisados 311 princípios ativos. O que a gente percebe na maioria das vezes em que há problema, é um produtor rural aplicando produto sem equipamento de proteção.

O capixaba tem de ficar mais preocupado com que chega à sua mesa do que o morador de outro estado?

Com certeza não. Acompanhamos isso com muito zelo. Fazemos coleta quando o produto está saindo da propriedade. E se tiver algo, a análise logo indica. E se o produtor respeita a carência do produto aplicado, não há problema.

Quais são as culturas que apresentam, historicamente, mais problemas?
Este ano, até agora os resultados foram bons. Mas, historicamente, é no tomate, morango, pimentão e maracujá.

Quais principais rebanhos no ES?
Bovinos, com 2,21 milhões de cabeças; aves com 1,73 milhão e suínos com 176 mil.
 Como é o controle da carne que chega na mesa do capixaba?

Inspecionamos todos os frigoríficos e abatedouros. Incentivamos e fiscalizamos a aplicação vacinas, além do controle do trânsito de animais. Para melhorar a eficiência no trabalho nos frigoríficos, estamos montando um decreto para a concessão do serviço, que será mais eficiente e barata para a sociedade. A expectativa é que isto aconteça no 2º semestre. Hoje cerca de 4,1% da carne que chega ao consumidor é clandestina, a menor taxa do país.

É reclamação comum entre os produtores rurais o excesso de burocracia…

Quando cheguei, em abril de 2015, percebi que era necessária aproximação com o produtor rural. Consegui implantar um sistema de emissão de guia para trânsito animal e atestado de vacina via internet, desobrigando o produtor a ir a um dos nossos escritórios. Vamos implantar o de trânsito vegetal. Atualizar o código florestal estadual sincronizando com o nacional, para acabar com a insegurança jurídica atual; simplificar o enquadramento da agroindústria. E, desde dezembro, mudamos nossa política de autuação, só encaminhando casos graves ou após transitado e julgado, para o Ministério Público, além de reduzir de 4 para 2 instâncias – uma delas com participação de entidades de produtores – para que o autuado possa recorrer.

Por conta dos agrotóxicos, uso de água para a irrigação, muita gente da cidade tende a considerar o produtor rural como vilão. O que o senhor acha?

Os produtores rurais não são vilões ambientais. Temos dois lados, em qualquer lugar tem gente boa e gente ruim. Dos 78 municípios do ES, 61 têm a agropecuária como atividade principal, que gera 88 mil postos de trabalho. Sem considerar a agroindústria, a atividade movimenta cerca de R$ 10 bilhões por ano. Isso é quase 10% do PIB capixaba.

O impeachment da presidente Dilma é o melhor caminho para sair da crise política e econômica?

Nós precisamos de uma luz no fim do túnel. Da forma como está, oposição e governo precisa, achar uma solução. Não sei se o impeachment é o melhor caminho. É um negócio imprevisível. As lideranças nacionais tem é que pensar no Brasil.

Como o senhor acha que o governador Paulo Hartung (PMDB) vai se movimentar nesta eleição da Serra, que promete ser muito polarizada entre Vidigal e Audifax?

O governador tem um estado para administrar, diante de uma crise complexa para enfrentar. As lideranças da Serra tem que se entender neste contexto e ver o que é melhor para a cidade. Acho que o governador não vai atuar diretamente nesta eleição.

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