Por Yuri Scardini
Candidatos a vereadores da Serra: troquem seus atuais sapatos de marca pelo famoso e viripotente kichute. Ao que parece, estamos diante de uma das eleições mais acirradas dos últimos anos.
O cenário que se desenha é uma eleição proporcional tão polarizada quanto à majoritária, uma vez que Audifax e Vidigal têm a consciência da importância de se eleger um número expressivo de aliados na Câmara, a fim de se blindarem dos ataques inimigos que se sucederão caso um ou outro vença a disputa de prefeito. Sinal disso é a voracidade de emissários e correligionários de ambos os lados em busca de captar lideranças das mais variadas possíveis.
Às vezes até o próprio Audifax ou Vidigal colocam a cabeça para fora da toca e ligam pessoalmente para alguma liderança a fim de trazê-la para seus braços.
Além disso, há uma onda de ex-vereadores de calibre eleitoral bastante razoável que sonham em voltar ao posto parlamentar: Sérgio Peixoto, João Luiz Teixeira, Pedro Paulo, Wanildo Sarnáglia, Dório Pantanal, entre outros.
Outra variável são as crescentes especulações de herdeiros políticos que podem beber da fonte dos pais e eclodir como fortíssimos candidatos nestas eleições, a exemplo, Dudu Vidigal, filho de Sérgio Vidigal. Tem também os filhos do conhecido e ex-vereador Jorge Euclides que ainda possui um capital político expressivo e pode movimentar muito em prol de sua linhagem.
O mesmo vale para o filho do ex-vereador Tio João. Há também o arvoramento de partidos que estavam caídos em sono profundo, como o PSDB, que monta um quadro interessante, também o PSB que se renova nas mãos do presidente municipal Bruno Lamas.
Ademais, existem personalidades que podem ter um desempenho acima da média pela transferência para a política do capital construído em outras áreas: o tetracampeão mundial de futebol de área, Jenilson Rodrigues, mais conhecido como goleiro Mão e a Bodyboard serrana reconhecida mundialmente, Mayla Venturin.
Correndo pelos flancos eleitorais, tem a galera dos movimentos LGBT, os protetores de animais, os pastores, os sindicalistas, as diretoras de escolas, os líderes comunitários, e por ai vai.
Somados a todos esses fatores há por fim a avalanche de incertezas causada por uma reforma eleitoral confusa, que diminuiu o tempo de campanha e dificultou a captação de recursos formalmente declarados.