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“A dessalinização é um seguro para a gente”

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João Bosco diz que Arcelor quer reduzir dependência do Santa Maria. Foto: Arquivo TN

Maior consumidora do principal rio que abastece a Serra, o Santa Maria, a ArcelorMittal Tubarão anunciou em janeiro que irá dessalinizar água do mar. O diretor de sustentabilidade da empresa, João Bosco Reis da Silva, revela nesta entrevista concedida no último dia 29 que a ação vai produzir 138 litros por segundo (l/s). Hoje, a empresa consome 608 l/s de água doce (511 l/s do Santa Maria e 97 l/s de poços artesianos), além de cerca de 13.800 l/s de água salgada do mar para resfriamento. E também segue negociando com a Cesan o uso de efluente das estações de tratamento de esgoto doméstico.   

Por que a decisão de investir R$ 50 milhões na dessalinização?

Estamos fazendo um debate junto à sociedade para avaliar diferentes fontes alternativas, e a dessalinização é uma delas. Antes da crise hídrica em 2015 e 2016, consumíamos 2.850 m3/hora (791 l/s) do rio Santa Maria. Durante a crise, a pedido da Cesan, fomos reduzindo até chegar 1.840 m3/hora (511 l/s) e hoje permanecemos neste patamar. A planta de dessalinização vai começar produzindo 500 m3/hora (138 l/s); mas é modular, poderá ampliar no futuro. Vamos começar nesse patamar de produção por uma questão de equilíbrio energético.

Quando começam as obras?

Falta finalizar a contratação da empresa que irá fornecer a tecnologia e fazer a implantação, além da licença ambiental. Será um licenciamento simplificado, pois além de trazer impacto positivo, temos características que diferem de outros locais. Já temos canal de captação de 50.000 m3 por hora e devolução de água do mar para resfriamento.  E vamos descartar a salmoura neste canal. Para a dessalinização, serão captados 1.260 m3/h( 350 l/s) e descartados 760 m3/h (211 l/s) em forma de salmoura. A diferença de 500 m3 por hora é a produção de água dessalinizada.

E os impactos na sucção de vida marinha e na temperatura e salinização da água devolvida ao mar?

Não muda, pois iremos captar desse canal, que já tem o sistema de peneiras. E a distância do canal para o mar já contribui para que não haja sucção de peixes e outros animais maiores. Quanto à temperatura, hoje devolvemos a água para o mar em torno de 310, 320. Isso não vai mudar. A lei permite devolver a água com até 400. A dessalinização nessa proporção será vanguarda no país, servirá para a academia e a formação de knowhow no ES. Estará aberto para a comunidade científica local, que poderá aplicar em outros projetos futuros. O que será muito útil, se o cenário de escassez hídrica se agravar.A dessalinização é um seguro para a gente.

A Arcelor também consome água de poços. Quanto?

Durante a crise hídrica entre 2015 e 2016, foram feitos oito poços. Temos outorga para 350 m3/h, mas hoje estamos usando 180 m3/h (97 l/s). São poços com cerca de 150 metros de profundidade, que não competem com nenhum outro uso, como aquíferos que mantém rios.

Durante os incêndios nas turfas, houve questionamentos se o uso de poços em Tubarão não estaria ressecando o solo no entorno do Mestre Álvaro…

Os poços começaram a ser operados no final de 2015 e, no início, era só um poço. Somenteem 2016 começamos a fazer os outros. É impossível ter acontecido isso com uma vazão de 180 m3/he ter havido o rebaixamento do lençol lá [nas turfas].

A Arcelor paga quanto pela água bruta do rioSanta Maria enviada pela Cesan a Tubarão?

A gente paga pelo serviço de captação e bombeamento. Por cláusula de contrato, não podemos divulgar valor. O tratamento, fazemos aqui na planta. Quando o comitê de Bacia definir pela cobrança do uso da água, pagaremos. Estamos apoiando o reflorestamento de 55 nascentes do rio Crubixá, afluente do Santa Maria, em Santa Leopoldina.

E a utilização do esgoto doméstico tratado pela Cesan?

Tivemos uma reunião recente com a Cesan.  Estamos discutindo para chegar a um modelo que seja competitivo. Seguimos interessados no uso.

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