Por Clarice Poltronieri
Uma experiência que deveria estar presente em mais bairros da Serra para construção de uma cidade mais humana. Esta foi a impressão deixada a quem passou pelas ruas da Vila das Artes durante o FestAvart, realizado no último fim de semana no bairro São Francisco, no entorno da Casa de Pedra. Os presentes, do bebê de colo ao ancião, viram apresentações musicais e culturais, além de terem encontrado nos ateliês, que estavam abertos à visitação, colírio para os olhos e alento para a alma.
Crianças corriam livres pela rua principal, que fora fechada para trazer mais conforto e intimidade a quem por ali circulava, e pouco se via de lixo pelo chão. Dança circular, capoeira, boi graúna, dança do ventre, coral, dança sênior, reggae, banda marcial, forró pé-serra, música popular brasileira (e capixaba) se mesclaram, mostrando a importância do contato e do resgate à diversidade cultural. E a maior parte das apresentações de artistas da t(S)erra.
A interação entre o público e as intervenções artísticas deixou na atmosfera um clima de ‘quintal de casa’, onde todos formavam uma só família. O cuidado que os membros da Avart (Associação dos Artistas e Artesãos da Vila das Artes) tiveram ao preparar cada espaço, deixam claro que para uma cidade melhor, sem violência, com consciência ambiental, social e cultural, o pré-requisito é a união e muito amor. Parabéns a todos esses artistas por suas obras que estavam expostas e, especialmente, por esta obra coletiva que é o FestAvart. E que venham os próximos!