Um trabalho requintado. Assim é a arte de Hilquias Scárdua, morador de Jacaraípe, que nasceu em Vitória, mas está na Serra desde criança. De suas mãos saem produções cenográficas, pinturas e ilustrações que encantam pela fineza e riqueza dos traços.
O artista iniciou seu trabalho ainda na infância. “Minha relação com a arte veio ainda quando eu era criança, pelo fascínio às figuras de pano de prato, estampas de roupas infantis e desenhos animados. Isso, sem qualquer influência, eu buscava retratar as figuras e coisas que via e me ocupava tratando disso”, detalha.
Da inspiração vinda da televisão, Hilquias, hoje com 32 anos, guarda em seu currículo exposições em shoppings e galerias. Entre os destaques está uma coletiva no Museu de Arte do Espírito Santo e a cenografia feita para a obra “Carmen” para o 2º Festival de Ópera de Brasília. Outra obra que ficou conhecida é a que ilustrou o livro “Turco Pobre, Sírio Remediado e Libanês Rico” de Mintaha Alcury, que retrata a imigração sírio-libanesa no ES.
Mestre Álvaro
Hilquias quer apresentar uma nova exposição até o fim do ano. É a “Mestre Álvaro: Elementos Sutis” que reunirá doze obras do artista. “É um trabalho que surgiu pelo interesse em pintar sobre celulose, já que realizo pinturas em tempera sobre papel. A realização só se tornou possível quando veio o apoio da Fibria, algo que calhou, favorecendo a produção; mas tenho alguns entraves para resolver e a data ainda não foi confirmada”, avisa.
HIlquias também está trabalhando num projeto na área dos quadrinhos. Neste caso, deve participar inclusive, com roteiro.
Teatro
O serrano está cursando a faculdade de Artes Visuais. E faz coro aos artistas da cidade, que clamam por um espaço para expor seus trabalhos. “Precisamos de um Teatro Municipal; de Galerias de arte, de um Museu descente e operante. Acredito que a arte seja não só o exercício maior para a consciência humana é uma ferramenta para qualquer sociedade superar as suas deficiências”, conclui.