Problemas judiciais, investigações do Ministério Público e clima de denuncismo mútuo têm deixado os suplentes animados com a Câmara da Serra. Publicamente eles pouco falam; mas, nos bastidores, estão olhando com lupa a Casa de Leis, que tem vivido dias de muita perturbação política. Ao menos cinco vereadores estão no foco dos suplentes: a ex-presidente Neidia (PSD) já caiu por conta de acusações de improbidade administrativa e quem subiu foi Fabão da Habitação (PSD); já o vereador Nacib Haddad (PDT) está afastado devido a acusações de cartel em licitações. Seu suplente, o ex-deputado Wanildo Sarnaglia, aguarda uma posição do presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede), para assumir a vaga.
A Hora dos Suplentes II
Outros enrolados são Geraldinho Feu Rosa, que enfrenta dois inquéritos no Ministério Público: um por rachid e outro por nepotismo. E, recentemente, foi expulso do PSB por infidelidade partidária e vai ter que brigar pelo mandato na Justiça. Seu suplente é Fábio Latino (PSB), muito ligado ao secretário estadual Bruno Lamas (PSB). Além deles, há o vereador Fábio Duarte (PDT), que vai encarar uma comissão processante na Câmara que o acusa de quebra de decoro parlamentar. Neste caso, o segundo suplente seria Boy do INSS (PDT). Por fim, o vereador Guto Lorenzoni (Rede), que está todo embolado com o ex-partido, o PP. A sigla está sedenta pelo mandato do vereador, após Guto ter trocado de partido para disputar a eleição de 2018. Seu suplente é Saulo Brum (PP).
Vidigal repaginado
Fontes próximas contam que o ex-prefeito e atual deputado federal Sérgio Vidigal (PDT) esboçou entrar na crise institucional da Serra, que colocou em guerra o prefeito Audifax Barcelos (Rede) e o presidente da Câmara, Rodrigo Caldeira (Rede). Uma reunião com oposicionistas estaria sendo gestada, mas foi abortada após uma “reflexão” de Vidigal. A ideia parece ser esperar e ver como as coisas irão caminhar daqui para frente. Pessoas ligadas ao deputado afirmam que ele voltou a se animar em ser candidato a prefeito em 2020 e quer intensificar o mandato em Brasília com temas ligados ao perfil eleitoral da Serra e se fazer mais presente politicamente no município.
Previdência não, costumes sim
Vidigal assumiu uma postura muito crítica contra a Reforma da Previdência de Bolsonaro, a qual é notoriamente impopular nas classes sociais mais baixas; mas, ao mesmo tempo, está dando forte publicidade ao seu projeto que prevê aumento de penas para o crime de desrespeito às crenças religiosas, que atende ao público evangélico, que tem forte apelo na Serra. Ele chegou a citar o episódio ocorrido durante o carnaval de 2019, quando a apresentação de uma escola de samba mostrou uma simulação da luta entre Satanás e Jesus Cristo que foi alvo de muita polêmica na época. “Não podemos confundir liberdade de expressão, de manifestação artística, com ofensa a uma crença”, disse Vidigal.
Emergente…
Na semana passada, o Tempo Novo repercutiu uma nota sobre o bom desempenho do produtor de eventos Adaucto Morais na área cultural do município. Além disso, informou que ele estaria sendo cotado para ser candidato a vereador da Serra, uma vez que assumiu uma posição de destaque no DEM. Vale destacar que Adaucto é irmão do secretário estadual Bruno Lamas (PSB).
… e discreto
O produtor encaminhou uma mensagem ao jornal para esclarecer que não está em seus planos ser candidato; entretanto, confirma que irá militar na política partidária: “Além de reorganizar a sigla (DEM), vamos organizar uma boa e competitiva chapa de vereadores. Vamos nos apresentar para debater com a população e com as entidades os principais desafios e potencialidades da nossa querida Serra. Agradeço também as inúmeras manifestações de apoio que recebi. Importante destacar que não serei candidato em 2020”.