Marlon Marx
Bruno Lyra
Hexacampeão 13 anos depois do último título, nove jogadores escalados na seleção dos 11 melhores do certame, média de público de quase mil torcedores por jogo e melhor campanha com 9 vitórias , um empate e apenas 3 derrotas. O Serra fez barba, cabelo e bigode neste capixabão. Dois protagonistas dessa conquista, o presidente João Batista Piol e o técnico Charles de Almeida – também eleito o melhor do torneio – falaram dessa conquista e dos planos futuros, que inclui a volta do time ao Brasileirão Série D e Copa do Brasil em 2019.
Como foi possível trazer recursos para tornar o Serra novamente competitivo no cenário estadual?
PIOL: Fomos a várias empresas. O prefeito Audifax mesmo nos indicou duas muito boas. Montamos um time não tão caro, mas colocamos 09 entre os 11 melhores jogadores da competição. Isso com um apoio de cerca de R$ 60 mil mensais. Mas para subir de divisão no brasileiro, creio que seja preciso de algo entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por mês.
Quais são os planos para o segundo semestre deste ano? E a série D e Copa do Brasil em 2019?
PIOL: Ainda não sentamos para planejar, mas já temos ideias. Nossos jogadores foram todos liberados, nós deixamos apalavrados com aqueles que nos interessa o retorno para o ano que vem. E esse ano, para a Copa ES, vamos disputar com a garotada do sub 23, para que sirva de laboratório.
E a parceria com Armando Zanata, que acabou de ir para Rio Branco?
PIOL: O Zanata é um cara que veio e montou esse time pra gente. Precisamos dele aqui. Nós temos um acordo com Zanata, não para a Copa ES, mas para o ano que vem.
Há plano para expansão do estádio Robertão ou construção de um novo?
PIOL: Sim. No momento estamos implantando iluminação. E temos intenção de ampliar a arquibancada para pelo menos 5 mil a 6 mil lugares.
Qual foi o momento mais marcante nessa trajetória do Serra no Capixabão?
CHARLES: A final no Kléber Andrade. Sete gols bonitos, jogo imprevisível e transmitido ao vivo pela TV e Internet, que ajudou no resgate da imagem do futebol capixaba e do próprio Serra.
E o trabalho tático que resultou na campanha e na escolha de seu nome como melhor treinador?
CHARLES: Acertei primeiro a parte defensiva, com muito trabalho tático. Isso foi absorvido pelos 22 atletas disponíveis e todos eles entraram em campo em algum momento. Fiz rodízios, o que mostrou a força coletiva.
Você fica para a Copa ES e brasileirão?
CHARLES: Tenho interesse, mas isso depende de conversa com a diretoria. Com essa conquista o calendário de 2019 ficou mais extenso (com série D e Copa do Brasil) e isso demandaria contrato maior. É importante que o Serra participe da Copa ES no 2º semestre deste ano.
E o papel da torcida neste hexacampeonato?
CHARLES: Fez a diferença, contagiou o time. A presença do torcedor coral no estádio e a campanha mexeram com a parte emocional da cidade. E ajudou a trazer investidores.