Opinião | ‘A rainha e o negacionista’, por Anderson Muniz, jornalista e vereador da Serra

A Rainha Elizabeth II é a soberana do Reino Unido e de outros 15 Estados independentes há 69 anos. Nenhuma outra personalidade política é superior a Sua Majestade que detém a popularidade/confiança de mais de 71% dos seus súditos.

Mas a que se deve tanto prestígio? Desde que assumiu o trono, nos auge dos seus 25 anos, a Rainha Elizabeth entendeu o sentido de servir a Coroa e seu País. Em todos esses anos não lhes faltou coragem, determinação e acima de tudo postura.

Não foi apenas a Coroa que tornou Elizabeth a potencia que é dentro e fora de seu reinado. Foram os seus gestos e a sua postura que a tornaram rainha de todos.

Hoje, enquanto vivia a dor do luto, da perda do seu companheiro de mais de 73 anos, mais uma vez Elizabeth encantou o mundo com seu gesto simples de conduzir os seus súditos à obediência à ciência, ao reduzir o número de participantes no velório, usar máscara e manter o distanciamento social, ficando completamente sozinha sentada em um banco da Catedral de São Jorge.

Mas a rainha é grupo de risco! Sim, ela é grupo de risco, mas ainda continua sendo a rainha. Se quisesse poderia ter postura diferente e o ambiente seria preparado conforme a sua vontade.

Enfim, no dia em que a monarca mais longeva e bem avaliada da história da humanidade enterra seu príncipe encantado de máscara devido à pandemia que assola o mundo, o Presidente da República Federativa do Brasil, país que morre mais de 3 mil pessoas por dia e que não tem vacina suficiente para topos, dá péssimo exemplo causando aglomeração na cidade de Gianópolis, Goiás.

Agora é possível compreender porque a Rainha Elizabeth detém o carinho de todos?

Texto: Vereador Anderson Muniz