Por Rosildo Barcellos
No dia 15 de fevereiro, comemoraremos o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. No Brasil, antes da pandemia eram registrados 12 mil novos casos dessa modalidade ao ano. Os tipos mais comuns são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e tumores sólidos como o neuroblastoma, sarcomas e o tumor de Wilms. O câncer infantil possui características próprias e bem diferentes em relação ao câncer em adultos. As células que sofrem a mutação no material genético, não conseguem amadurecer como deveriam e permanecem com as características semelhantes da célula embrionária, multiplicando-se de forma rápida e desordenada. Por isso, a proliferação do tumor é mais rápida em crianças. Por outro lado, responde melhor à quimioterapia, com boas chances de cura.
Nas leucemias, as invasões das células malignas ocorrem na medula óssea. A criança fica sujeita a infecções, tem sangramentos e sentem dores ósseas. No retinoblastoma, um sinal importante é o “reflexo do olho do gato,” ou seja, embranquecimento da pupila quando exposta à luz. Nesse caso, é possível identificar por apresentar em muitas situações a fotofobia (sensibilidade ante a luz), ou estrabismo (olhar vesgo). Esse quadro, geralmente, acomete crianças antes dos 3 anos. Lembrando que o olho humano é um complexo sistema óptico capaz de distinguir até 10 mil cores, além disto, no olho humano existem dois tipos de fotorreceptores: os cones e os bastonetes. Os cones possibilitam a visão em cores, enquanto os bastonetes são usados para visão no escuro em preto e branco.
Já em relação ao aumento do volume ou surgimento de massa no abdômen, como o tumor de Wilms, tende a afetar os rins, tórax e pélvis. Os que dão origem nos ossos (osteosarcoma) são tumores sólidos e podem se manifestar pela formação de massa visível ou não, causa dor nos membros e na maioria dos casos é mais comum em adolescentes. Já os alocados no sistema nervoso central (cérebro), além de causar dores de cabeça, vômitos, alterações motoras, apresentam alterações de comportamento e paralisia de nervos. Quero ressaltar um detalhe: esses sinais e sintomas podem estar relacionados ao câncer, mas não significam exatamente que seu filho tem câncer. A criança deve ser consultada, o quanto antes por um profissional de saúde especializado.
Outrossim, se por um lado o câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, tabagismo, álcool, entre outros riscos de exposição, o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida. Por esse motivo, é muito importante o diagnóstico precoce e seu devido acompanhamento, para o sucesso do tratamento. E o que mais se precisa neste momento é orientação e ajuda. Quem tem um rebento nessa condição, sabe que esta luta se dá olhando para o horizonte, sem temor, sem desânimo, e com novo alento todas as manhãs!
O texto é uma opinião do leitor e não necessariamente reflete a opinião do Jornal Tempo Novo
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