Após o último dia 02 de outubro é hora de juntar os cacos para alguns e reformular a estratégia para o próximo dia 30, para outros. Várias surpresas foram reveladas pela vontade popular. Entre elas, pela primeira vez, os quatro maiores municípios capixabas terão 2º turno.
O resultado das urnas também nos habilita destacar que o PT encolheu mais do que era esperado. Em toda a Grande Vitória houve redução no número de cadeiras da sigla. Especificamente em Vitória e em Vila Velha, chegou ao ponto de nenhum vereador da estrela vermelha ter sido eleito. Na Serra, a partir de 2017, a representatividade será reduzida a 1/3 do que é atualmente. Vale ressaltar que, pelo menos em Vitória, a fragmentação das esquerdas contribuiu bastante para isso. Se PSOL – que fez a 5ª maior votação individual – e PT tivessem se coligado, por exemplo, teriam grandes chances de eleger ao menos um representante na capital.
A renovação da Câmara da Serra foi grande. Dos atuais 23 vereadores, apenas 9 se reelegeram – aproximadamente 65% serão novatos. Siglas com menor organização de base ideológica e número de filiados partidários, como PSC, PMN ou PTC, fizeram duas cadeiras cada e estão à frente de outras siglas com maior tradição no município.
Mas o que vai dominar as rodas de conversa, certamente será o novo embate para prefeito da cidade. O discurso de ambos os candidatos têm sido de que agora se trata de uma nova eleição. Provavelmente o atual prefeito deverá circular mais nas ruas, atrás dos 6,29% de votos válidos que lhe faltam para ser reeleito. Por outro lado, Vidigal tentará buscar o 1,70% a mais de votos válidos, expondo seus projetos e apresentando as oportunidades de melhoria na gestão. O PT e o PR, caso consigam transferir seus votos, podem fazer a diferença. Hoje a situação está bastante embolada, com vantagem para Vidigal no número de vereadores eleitos pelas coligações – 12 a 10, (além do vereador do PT) –, bem como os mais de 10 mil votos a mais que obteve domingo. Mas nada está definido.