Que a saúde pública em todo o país está com morte cerebral é fato. Ai de quem dependa exclusivamente do SUS. Quando a necessidade for um procedimento de alto custo o caos é total. Descaso, mau atendimento e falta de medicamentos básicos é uma realidade. E demora na marcação de consulta.
Como foi o caso da pequena Alessandra Souza, de apenas cinco anos, cadeirante e moradora na Rua Colibri, em Serra Dourada. Indignados pela demora de consulta para ortopedista, os pais resolveram procurar a Secretaria de Saúde da Serra. A bota ortopédica adquirida com tanto sacrifício já estava por perder a utilidade. A resposta da funcionária assustou de vez: “Não adianta reclamar. Tem outros pedidos na frente”.
Nem a matéria com uma rede de tevê acelerou o processo. Moradores da região que utilizam os serviços da Policlínica não suportam mais tanto descaso e ficam ainda mais assustados quando ao deparar, com área tão prioritária quanto a Saúde, ser utilizada como trampolim político por detentores de mandato público.
Ou qual nome deve-se dar quando resultados de exames ou data daquela consulta antiga e quase esquecida são informados ao morador na própria residência por assessores de um vereador? O que pode ser visto pelos mais humildes como bondade é, na verdade, um ato claro de corrupção feito possivelmente com a complacência de servidores da prefeitura.
Para piorar o quadro, agora a população é obrigada a conviver com o fantasma da gripe H1N1, responsável até esta data por 21 mortes no Espirito Santo e capaz de matar em poucas horas. Espera-se que as poucas vacinas oferecidas à população não estejam sofrendo esse tipo de influência política. Lutar por uma saúde de qualidade é dever de todos, mas usá-la em benefício próprio é crime.