Temos acompanhado com atenção a luta dos moradores e comerciantes do centro da Serra pela manutenção do fórum e instalações na sede do município. Ainda que em nenhum momento ninguém do judiciário capixaba bateu o martelo decidindo pela retirada das instalações, a movimentação por parte da comunidade é um claro recado às autoridades judiciárias.
O serrano sabe que o seguro morreu de velho. Não obstante o crescimento econômico observado também em outros pontos da mais populosa cidade do Espírito Santo, a região onde está situada a sede administrativa a famosa Serra Sede não pode ser desprezada ou desmerecida por sua importância econômica e histórica.
O serrano, sempre atento na defesa dos interesses da região, é muito precavido e sabe bem como contrapor e lutar ao menor sinal de ameaça interna ou externa. Exemplos não faltam para esse pé atrás. Em meados da década de 1980, o bochicho era por conta de uma suposta articulação política por emancipação do distrito de Carapina.
O tal movimento – se é que existiu- foi debelado mais rápido do que o incêndio causado pela turfa. O serrano, então, respirou aliviado. Por pouco tempo. No início da década de 1990, nova ameaça: prefeitura e câmara de vereadores e demais órgãos da administração pública municipal sairiam de Serra Sede para uma área onde hoje está localizado o bairro Residencial Centro da Serra (antigo Macafé).
Era a tal Nova Serra, e o projeto não vingou devida a oposição ferrenha de figuras respeitabilíssimas do porte do ex-prefeito Naly da Encarnação Miranda e ex-vereador Luiz de Deus Amado, auxiliados humildemente por este cronista. Então vereador da cidade, emprestava o gabinete para reuniões.
Luiz Amado está vivo, bem de saúde e pode testemunhar. O serrano sabe que se cruzar os braços verá nossa querida Serra Sede se transformar numa nova Cariacica Sede. Uma história tão rica não merece um destino desses.