Direito e Cidadania

A vacinação infantil extrapola os limites aceitáveis da intervenção estatal

Obs.: As opiniões contidas nesta coluna não refletem a opinião do Jornal Tempo Novo.

Filósofos da origem do Estado como um contrato social (Os Contratualistas – séc. XVI a XVIII) afirmavam que a origem do Estado e/ou Sociedade, está em um contrato social firmado entre homens que viveriam em estado de natureza, sem poder ou organização, que firmaram entre si um pacto estabelecendo regras de convívio social e de subordinação política.

Tal pacto, resumidamente, teria como motivação a proteção mútua à vida, à liberdade e à propriedade privada. Para isto se abriria mão da liberdade natural total, sem qualquer limite a não ser a própria vontade, para uma liberdade convencionada segundo regras e leis do Estado constituído.

Tal introdução se mostra necessária para que se compreenda que o Estado não é anterior ou mais importante que o indivíduo e sua família (célula mater da Sociedade), ele é uma organização política/social necessária para que se garanta os direitos humanos naturais (vida, liberdade e propriedade) que são anteriores ao Estado, mas que por ele devem ser melhor garantidos.

Se a vacinação adulta obrigatória ou por coerção através de restrições de direito já fere mortalmente a liberdade do indivíduo adulto, a vacinação infantil nas mesmas condições é uma dessas decisões estatais que vai contra a razão de ser do Estado por expor crianças, o bem mais sagrado da família, a uma vacina em fase de desenvolvimento, com uma tecnologia nova e que não passou por todo o protocolo temporal necessário para que se garanta sua segurança.

A bula da vacina da Pfizer que está sendo indicada para esta vacinação infantil diz o seguinte: “Casos muito raros de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite (inflamação do revestimento exterior do coração) foram relatados após vacinação com Comirnaty®. Normalmente, os casos ocorreram com mais frequência em homens mais jovens e após a segunda dose da vacina e em até 14 dias após a vacinação.” (…) Não se recomenda a sua utilização em crianças com idade inferior a 12 anos. (item II, 4). (Comirnaty é o nome científico da vacina da Pfizer).

Já o contrato celebrado entre o Governo federal e a Empresa farmacêutica Pfizer é de teor juridicamente preocupante, já que a empresa entrega seu produto com a seguinte garantia:

“A Pfizer garante ao Comprador que:

  • À época da entrega, o Produto (exceto qualquer não conformidade ou falha em satisfazer a norma ou exigência relevante que não poderia ser descoberta de forma razoável dado o estado de conhecimento médico, científico ou técnico no momento em que a Pfizer entregou o Produto):” (item 5.2 -a).

Traduzindo, o que a Pfizer quer dizer é que ela não pode garantir nada porque o conhecimento médico científico ainda está sendo construído enquanto a vacina está sendo vendida e testada.

Ainda pior é o item 5.5 do contrato que, literalmente, retira a responsabilidade dos efeitos da vacina da Pfizer e a transfere ao comprador (Governo Federal):

“5.5 Reconhecimento do Comprador

O Comprador reconhece que a Vacina e os materiais relativos à Vacina, e seus componentes e materiais constitutivos, estão sendo desenvolvidos rapidamente devido às circunstâncias de emergência da pandemia de COVID-19 e continuarão sendo estudados após o fornecimento da Vacina para o Comprador de acordo com este Contrato. O Comprador ainda reconhece que a eficácia e os efeitos a longo prazo da Vacina ainda não são conhecidos e que pode haver efeitos adversos da Vacina que não são conhecidos atualmente. Ainda, conforme aplicável, o Comprador reconhece que o Produto não será serializado.”

Por todo o exposto, fica bem óbvio que expor crianças a uma vacina experimental é totalmente irresponsável, ainda mais quando comprovadamente a maioria das crianças (99,7%) desenvolvem sintomas leves ou moderados da doença. A balança risco – benefício, não comporta logicamente ou juridicamente, a obrigatoriedade ou a coerção através de medidas restritivas de direito para quem não quer vacinar seu filho.

Obs.: As opiniões contidas nesta coluna não refletem a opinião do Jornal Tempo Novo.

Bruno Puppim

Bruno Puppim é advogado

Últimas postagens

EDP oferece parcelamento em até 60x e isenção de juros para negociação de dívidas até dia 14

Crédito: Divulgação Em alusão ao Dia do Consumidor, 15 de março) a EDP vai realizar uma ação, na qual clientes…

12 horas atrás

Articulação de Vandinho acelera votação de projeto para conter a estiagem no ES

Vandinho Leite é líder do Governo na Assembleia Legislativa. Foto: Divulgação Líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do…

14 horas atrás

Polícia prende homem acusado de agredir mulher trans na Serra

Marcos de Jesus Silva, 35. Foto: Divulgação Na manhã desta terça-feira (11), a Polícia Civil informou sobre a prisão de…

17 horas atrás

Atleta de Feu Rosa é finalista do quadro Golaço da Várzea do Esporte Espetacular

Flávio Trivelinha, de 18 anos, morador do bairro Feu Rosa, na Serra, concorre com outros três atletas de Mato Grosso,…

19 horas atrás

Thiaguinho recebe Belo no Kleber Andrade em maio

O cantor Belo será recebido por Thiaguinho, no palco do Estádio Kleber Andrade, em Cariacica durante o evento Tardezinha. Crédito:…

19 horas atrás

Comunicado – 11/03/2025 – 2ª edição

publicidade legal - 11-03-2025 - 2ª ediçãoBaixar

21 horas atrás