Já dizia o velho Marx que a história é um movimento que começa com teses, que produzem em seu interior anti-teses – ou antíteses –, culminando com sínteses (que passa de novo ao status de teses, iniciando novamente o processo).
Essa sentença interpretativa já foi bastante debatida, mas sempre reaparece na literatura política e econômica – principalmente em momentos de crises, como o atual. E parece que os modelos econômicos e políticos estão demonstrando sinais de esgotamento. E isso não é privilégio do Brasil: crises bélicas e econômicas estão difundidas em todo o planeta nesse exato momento.
As más notícias estão tão amplamente difundidas que, nos últimos tempos, as pessoas estão tomando medidas drásticas: isolamento digital, deixando de assistir determinados programas de TV, de ler jornais sensacionalistas e, mais recentemente, iniciam o encerramento de suas contas nas redes sociais. É claro que tem o outro grupo que apresenta uma curiosidade mórbida e sente até uma ponta de prazer ao espalhar o caos. As contradições – antíteses – de nosso tempo talvez nunca estiveram tão evidentes.
E as contradições específicas do Brasil, ES e da Serra? Será que seus modelos econômicos e políticos se sustentam até quando? Não estariam apresentando sinais de esgotamento? Certamente teremos várias respostas para esses questionamentos: dependendo do grupo político, empresarial e religioso (rsrsrs).
Um primeiro passo é repensar os modelos baseados em concentração de renda (os leitores acima dos 40 anos vão se lembrar de uma fórmula mágica, de um certo ministro que dizia: “Primeiro temos que fazer crescer o bolo, para depois dividi-lo”. Será que essa fórmula não chegou ao fim?