Por Yuri Scardini
Está marcado para logo após o Carnaval (final de fevereiro) a revelação do prefeito Audifax Barcelos (Rede) sobre o escolhido para defender seu legado e receber seu espólio político na eleição de 2020.
Está razoavelmente consolidado no entendimento político da Serra de que o prefeito vai fazer a opção de lançar alguém, em vez de apoiar um nome pré-construído, tal como Bruno Lamas (PSB) ou Alexandre Xambinho (Rede), por exemplo.
Audifax já percorreu nomes atrás de nomes, como o jornalista Mário Bonela, o delegado Sandi Mori e, mais recentemente, o deputado Lorenzo Pazzolini. Tudo na intenção de trazer algo ‘novo’ para a disputa. Mas não conseguiu convencê-los a encarar essa briga.
Com isso, as opções do prefeito foram se limitando ao seu secretariado, o que, aliás, faz sentido, já que o eixo principal da narrativa eleitoral será a defesa dos avanços durante a gestão de Audifax.
Comenta-se três nomes: Jolhiomar Massariol (Coordenadoria de Governo), Igor Elson (Serviços) e Elcimara Rangel (Assistência Social). E apesar de todo o movimento de Audifax, são esses três que se pode classificar como perenes. Estima-se que, com todo o poder da máquina de que Audifax dispõe, ele consiga dar competitividade ao ‘candidato misterioso’.
Nesse rumo, estabelecem-se três eixos estruturados: o de Audifax, já citado; o de Sérgio Vidigal (PDT), que tem partido, recall, recursos e pode até ter o apoio do governador Renato Casagrande (PSB); e o do deputado Vandinho Leite (PSDB), que também tem garantia partidária, acesso a recursos e mescla entre o recall de suas passagens públicas (deputado, Secti, Sesport) e o fato de nunca ter ocupado a cadeira de prefeito, eliminando o ‘cansaço’ observado em uma parcela da população que critica a dualidade entre Audifax e Vidigal nos últimos 24 anos.
Outros postulantes, como Bruno e Xambinho, ainda precisam se garantir partidariamente, condição primeira para ser candidato. Portanto, desse cenário colocado, a dúvida segue nas mãos de Audifax; afinal, o prefeito tem um inimigo: o tempo. O relógio não para de andar para frente, e o seu escolhido já perdeu quilômetros de visibilidade, tanto nas ordens de serviço como nas inaugurações e pré-campanha.