Yuri Scardini
Flávio Serri é atual presidente do PSD da Serra, figura carimbada do meio político da cidade, responsável pela coordenação de várias campanhas eleitorais vitoriosas tanto na cidade quanto no estado. Nesta entrevista ele dá um panorama do cenário eleitoral que se desenha para as eleições municipais de outubro:
Com o término no último sábado (02) da “janela da infidelidade partidária”, como você analisa o cenário político para as eleições de outubro?
Vários vereadores se aglomeraram em poucos partidos, isso por si só nos induz a acreditar que mandatários terão certa dificuldade de reeleição e deve abrir espaço para novos nomes.
E nas chapas majoritárias…
Na minha avaliação, na majoritária o Vidigal (PDT) cresceu mais pra cima dos partidos, no entanto Audifax (Rede) obteve mais êxito sobre as liderança individuais.
Você vê a possibilidade de alguma emersão de uma terceira via?
Temos hoje dois nomes bem posicionados para essa terceira via. Um é do Vandinho (PSDB) e o outro é o Bruno Lamas (PSB). Acho que os tucanos acabaram saindo fragilizados nesse processo de mudanças partidárias, perdeu muitos nomes e não conseguiu ganhar outros nomes na mesma proporção. Isso acaba dificultando a candidatura majoritária de Vandinho, afinal é impossível pensar em uma candidatura de prefeito na Serra sem ter uma composição proporcional forte. No outro lado, vemos o PSB crescendo com o Bruno, mas ele ainda está muito ligado ao prefeito Audifax. E pelo que conheço dele, que tem características de um político muito fiel, ele vai contribuir com apoio a candidatura de Audifax nestas eleições, assim como Audifax fez com ele em 2014.
E o petista Givaldo Viera? Também tem se colocado como pré-candidato…
É uma liderança articulada e um ótimo político. No entanto é uma figura muito ligada ao PT, e neste momento político está muito desgastado. Acho difícil Givaldo colocar uma campanha na rua.
E outros nomes, como Gideão (PR), Neidia (PSD) e Osvaldino (PRTB)…
É natural que partidos políticos coloquem candidatos à prefeitura, faz parte das estratégias para o processo eleitoral. Mas acredito em uma eleição novamente polarizada, e no momento certo todos vão se acertar com alguma aliança. O único que encontro com autonomia partidária e disposição de encarar um debate tão duro é o Osvaldino.
Qual avaliação você têm sobre os rumores de que o Vidigal pode não vir como candidato a prefeito?
Minha avaliação Vidigal é candidatíssimo. Acho que o racha entre ele e Audifax atrapalhou muito a cidade, o melhor seria o entendimento entre essas duas lideranças, porém, os conheço bem e não vejo possibilidade dos dois caminharem juntos. E outra, se Vidigal não fosse candidato ele não estaria correndo tanto por apoios partidários.
A Câmara tem uma média de renovação histórica de 50%,neste cenário político eleitoral aliado as novidades da minirreforma eleitoral você arrisca dar um palpite sobre renovação no quadro de vereadores da Câmara?
Temos ainda que deslumbrar como vai ficar as coligações, logo só em agosto vamos enxergar melhor como fica essa conjuntura, porém acredito sim que este índice de renovação será maior do que das últimas eleições.
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