A noite de encerramento do II Ciclo Cultura e Território, do Eixo de Educação Científica e Tecnológica da Estação Conhecimento Serra, realizada na última quarta-feira (25), foi marcada por muita emoção, comunicação e arte. A partir do tema “Cultura e Território”, os educandos que integram o grupo da Imprensa Jovem deram um show de criatividade, com o lançamento do curta-m etragem “Desventuras em Serra” e o lançamento do segundo número da revista “Tá Mec”.
Simultaneamente, ocorreu a estreia da Banda de Congo da Estação Conhecimento, coordenada por mestre Domingos, que fez uma palestra baseada em seus mais de 50 anos de atuação na preservação e difusão da cultura popular da Serra.
As atividades integram o Eixo de Educação Científica e Tecnológica, que vem a somar-se aos eixos de Cultura, Esporte Educacional e Empreendedorismo na oferta de formação integral para a autonomia e exercício da cidadania de crianças e adolescentes.
O auditório da instituição estava lotado de beneficiários e de seus familiares, que acompanharam a programação com atenção, reagindo com aplausos à participação dos adolescentes. A primeira atração da noite foi a Banda de Congo da Estação Conhecimento. Formada por 12 integrantes, incluindo educandos e colaboradores, o grupo apresentou toadas consagradas do Congo do Esp&iacut e;rito Santo, como “Madalena” e “Quebra-quebra Gabiroba”. Em seguida, a temática da cultura popular ganhou formato audiovisual com a exibição do curta “Desventuras em Serra”, por meio do qual os adolescentes destacam os atrativos culturais do município a partir da interação com um jogo digital criado por eles.
Entre os locais exibidos pelos jovens nas filmagens estão o Centro Cultural Eliziário Rangel, a Casa do Congo da Serra e a estátua de Chico Prego, líder da Revolta do Queimado de 1849, considerada um marco na luta contra a escravidão no Espírito Santo.
Para Alfredo Henrique Teixeira, 17 anos, membro da Imprensa Jovem, a experiência de estudar o folclore capixaba através do projeto foi fascinante. “Há muitos lugares e regiões históricas em solo capixaba que deveriam ser mais divulgados e conhecidos pela população. Por meio do Congo, por exemplo, se conhece uma parte importante da história do nosso Estado, a relação dos negros com o ritmo e a participação do Congo em fatos marcantes da nossa história”, aponta Alfredo.< /span>
O tema “Cultura e Território” também está presente na segunda edição da revista Tá Mec, produzida e editada pela equipe da Imprensa Jovem EC, formada pelos educadores Ana Carolina, Ana Luíza e Patrick; os monitores Sophia, Izabele, Isabela, Emilly, Milena Antônia, Skyeva, Marianne, Ana Clara e Alfredo; a voluntária Gabriela e o estagiário Jhonatan.
De acordo com a monitora Milena Antônia Firmino Garcia Laranja, 16 anos, o título da revista é uma abreviação para “Tá na mídia, Estação Conhecimento”. “Além de trazer uma variação informal da língua, com uma gíria usada do meio urbano, ‘Tá Mec& rsquo; normalmente é sinônimo de ‘está legal’”, explica Milena.
A publicação traz informações sobre os espaços culturais da Serra, fotos e também uma história em quadrinhos inédita – tudo produzido pela equipe.
Para Milena, a incursão nas tradições culturais do município representou um grande aprendizado, tanto na revista quanto no curta-metragem. “Trabalhando cultura e território nós conhecemos as expressões artísticas do povo serrano. Todo o processo de pesquisa foi primordial para entendermos do que se tratava, porém, ir até os locais para as gravações tornou tudo real. A oportunidade de construir todo o processo criativo, desde o roteiro até o aprendizado dos recursos audiovisuais, foi uma experiência única”, comenta.
Para a diretora da Estação Conhecimento de Serra, Ana Angélica Motta, a criação do Eixo de Educação Científica e Tecnológica integra uma mudança profunda na linguagem educacional da instituição, com base na utilização da tecnologia para ampliação das práticas pedagógicas junto aos seus beneficiários. “Com a inauguração do Laboratório Maker, ampliamos o conceito por meio do qual os beneficiários têm acesso a uma visão integrada das atividades de informática, inclusão digital e robótica, conectando ciência e tecnologia à vida cotidiana do centro pedagógico”, destaca.
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