A agressividade não é um diagnóstico, mas sim um sinal clínico que deve ser acompanhado e bem direcionado pelo médico veterinário. Pode ser um comportamento natural da espécie, mas também pode ser em resposta a uma situação de estresse, ou até mesmo uma doença.
É importante o veterinário ter um vasto conhecimento do comportamento natural do felino para não diagnosticar erroneamente um problema que pode, na maior parte das vezes, ser corrigido, seja comportamentalmente ou envolvendo uma doença física.
O grande problema é que devido a uma lacuna curricular na formação veterinária, grande parte dos veterinários que não são especializados na área felina encontrarão dificuldades em entender.
É considerado um distúrbio comportamental todo comportamento que possa causar danos para o gato, e para seu proprietário/tutor (o gato está em sofrimento e o proprietário pode ou não estar incomodado); ao passo que um comportamento natural indesejado é aquele em que o gato não está em sofrimento, mas o proprietário está incomodado.
Diversos fatores influenciarão na resposta do gato ao ambiente, podendo culminar com agressividade; e existem vários tipos de agressividade, tais como: agressão territorial e agressão por status, agressão predatória ou por brincadeira, agressão por medo, agressão redirecionada e agressão induzida pelo carinho.
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Cada uma delas deve-se diagnosticar a causa avaliando atentamente as motivações que levam o gato a desenvolver tal comportamento.
Existem alguns fatores que contribuem para a agressividade no gato: natureza semissocial, aumento do número de gatos nas residências, introdução abrupta de novos gatos no plantel, ambientes pouco enriquecidos ou não adaptados para que o felino possa expressar seu potencial da espécie, também formação aleatória de grupo, escolhidos pelo proprietário, e não pelos próprios gatos.
Então, além da avaliação física feita pelo médico veterinário, uma excelente abordagem comportamental deve ser feita para que não se obtenha diagnósticos errados e prejudique ainda mais o contexto já criado.
O veterinário poderá prescrever medicações (em casos mais extremos), mas um adequado manejo é fundamental para a resposta correta ao tratamento.