Entrou em operação na última quinta-feira (26), o sistema de abastecimento do rio Reis Magos, que está reforçando o fornecimento de água para a Serra. A inauguração do sistema, localizado em Putiri, zona rural entre Nova Almeida e Serra-Sede, contou com a presença de lideranças políticas locais e estaduais, dentre elas o governador Paulo Hartung (PMDB) e o prefeito Audifax Barcelos (PDT).
Segundo a assessoria de imprensa da Cesan, o sistema produz 500 litros de água por segundo e atende diretamente cerca de 150 pessoas nas regiões da Serra-Sede e Civit I. O volume equivale a 25% do que a Cesan capta no rio Santa Maria, manancial que já atende a cidade, a parte continental de Vitória, Vale e Arcelor em Tubarão, e que já vem dando sinais de esgotamento.
Tanto que o sistema Reis Magos, previsto anteriormente para 2020, acabou antecipado para 2017. Formado pelos rios Timbuí e Fundão, que descem das montanhas de Santa Teresa, o Reis Magos é um rio de menor vazão que o Santa Maria e o Jucu, os principais fornecedores de água da região Metropolitana.
Os dados semanais da vazão dos Reis Magos ainda não estão sendo divulgados pela Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh), diferente do que acontece com Jucu e Santa Maria. E segundo a assessoria de imprensa da Agerh, a cúpula do órgão ainda não decidiu se adotará o procedimento.
Outra questão importante sobre o Reis Magos é a salinização. Em 2016 Tempo Novo fez reportagem exclusiva mostrando que o sal vindo dos mangues de Nova Almeida sobe mais de 10 km rio acima, chegando próximo onde foi montada a captação. Para conter o problema, a Cesan disse que faria no rio uma barreira de pedra semelhante às que já existem junto as captações do Jucu, em Vila Velha e no Santa Maria na Serra para evitar o mesmo problema.