Meio Ambiente

Água fica rosa em estação de esgoto da Ambiental Serra/Cesan

Assim estava a ETE Jardim Tropical no último sábado: suspeita de contaminação química. Crédito: Reprodução vídeo/divulgação

A água da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Jardim Tropical, aos pés do Mestre Álvaro, ficou rosa na manhã do último sábado (22). O fato chamou a atenção de um morador que passava próximo à ETE na ocasião e registrou o episódio.

A coloração não é comum, uma vez que as ETE´s operadas pela Ambiental Serra/Cesan são exclusivas para tratar esgoto doméstico. E em estações como a de Jardim Tropical, que é do tipo lagoa de estabilização, a coloração da água varia do escuro para o esverdeado, por conta da matéria orgânica do esgoto doméstico, da geração de lodo e da proliferação de microalgas decorrentes dessa condição.

O engenheiro químico e ativista da ONG Juntos SOS ES Ambiental, Eraylton Moreschi, publicou em uma conta em sua rede social que a cor rosa possa ser resultado de algum descarte indevido de rejeitos industriais e químicos na rede de coleta de esgoto doméstico que leva à ETE, o que é proibido.

Na mesma publicação, o ativista disse que tentou acionou ainda no sábado (22) o telefone do Iema (Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) para emergência de vazamentos de produtos químicos, mas não conseguiu contato. Por fim, Eraylton informou que optou por denunciar o caso ao Iema via canal eletrônico.

A reportagem acionou o Iema, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) da Serra, e a Ambiental Serra/Cesan, para saber o que provocou a coloração estranha na água e se já havia identificação dos responsáveis pelo eventual lançamento de algum produto químico. Caso obtenha retorno, atualizará esta publicação.

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Risco ambiental e à saúde pública na Serra

As águas tratadas na ETE Jardim Tropical são lançadas no Canal dos Escravos e dali seguem até os manguezais do Lameirão, um paraíso ecológico localizado no delta do rio Santa Maria e que abrange áreas dos municípios da Serra, Vitória e Cariacica.

Esses manguezais ficam em frente ao polo gastronômico da Ilha das Caieiras, na capital. E é neles que é pescado parte dos mariscos, peixes e caranguejos servidos nos restaurantes da região.

 

Redação Jornal Tempo Novo

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