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Aluno autista de escola pública da Serra passa em 1º para Mecatrônica no Ifes

 

Fabricio entre o pai Claudeir e a mãe Fabiana. Foto: Divulgação

Diagnosticado com síndrome de Asperger, uma desordem entre leve e moderada do espectro autista, Fabrício Seeberger Rangel, de 14 anos é exemplo de superação: o adolescente foi aprovado em 1º lugar no curso de Mecatrônica do Instituto Federal de Ensino – Campus Serra. A colocação foi obtida no âmbito da cota para alunos especiais.  

Morador do Bairro das Laranjeiras, Fabrício estudou do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental na escola municipal Profª Maria Istela Modenesi, que fica no mesmo bairro onde reside, na região de Jacaraípe. O resultado da aprovação saiu no último dia 13 de dezembro.  

“Quando vi o resultado, comecei a chorar. Fui dar a notícia a ele, que estava no quintal, então me falou: ‘viu mãe, eu passei para você’.  Foi uma emoção grande. A sociedade ainda não entende o autista e as crianças com outras necessidades especiais, mas a escola pública acolheu meu filho desde o início”, conta a mãe de Fabrício, Fabiana Seeberger Rangel.

Fabiana diz que nas semanas que antecederam a prova, pegou exames do Ifes de anos anteriores e trabalhou com Fabrício no contra turno das aulas.  “Na escola, a equipe de educação especial adaptou o conteúdo da prova e o transformou em pequenas histórias, coisa que Fabrício gosta muito e aprende com facilidade. Além disso, os outros alunos o trataram com muito carinho, coisa de amigo. Ele se sentiu acolhido. Se não fosse a escola não teríamos alcançado essa conquista”, avalia Fabiana.

O adolescente fez a prova de seleção em uma hora, conseguiu 140 pontos e começa a cursar Mecatrônica em março de 2019, no período vespertino. Para a diretora da escola municipal Maria Istela Modenesi, Edite Scheffler Santana, foi uma vitória muito grande. “Fabrício chegou aqui uma criança repetitiva, agitada, falava alto, batia palmas e quase não consegui ficar em sala de aula. Foi feita metodologia de estudo específica para ele. Deu resultado, inclusive no comportamento. Antes ele mal chegava perto das pessoas, hoje ele abraça todo mundo”, destaca.

Segundo Edite, a sensibilidade da equipe de educação especial foi de muita valia para a consquista de Fabrício.  “Com recursos federais, fizemos uma sala exclusiva para atender e dar reforço a alunos com necessidades especiais, tanto no turno de estudo quanto no contra turno. Temos equipe de educação especial, hoje atendemos mais de 30 alunos com algum tipo de deficiência”, explica.     

Redação Jornal Tempo Novo

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