Alunos de Feu Rosa escrevem livro sobre artista polonês
Com o objetivo de aprendermaissobre a áreaartística, osestudantesdaEscolaEstadualAntônioEngrácioda Silva, em Feu Rosa, na Serra, escreveram um livro com o título“Reconstruir-Se”, retratando a vida de FransKrajcberg.
Cerca de 250 alunostiveramquepesquisarsobre a história e as obras do artistaplástico, além de escreverpoesiasquemostrassemcomofoi o trajeto dele atéconquistar o reconhecimentointernacional.
O professor de Arte, UillianTrindade, queestava com viagemmarcadapara a cidade de L’EspaceKrajcberg, em Paris, teve a oportunidade de entregarpessoalmente o livro a Frans. “Foimuitoprazerosorealizaressaatividade com osestudantes, poiseles se dedicarambastante. Conseguiintegrarváriasturmasparaquehouvesse o envolvimento de todos. Elesficarammuitofelizesaosaberemque o artistaficouencantado com a nossaprodução”, afirmou.
Uillian explicou que Frans Krajcberg ficou surpreso e emocionado com o livro. “Ao analisar os desenhos e as poesias, ele disse que os alunos conseguiram mostrar sua vida com muita sensibilidade. Ele agradeceu a homenagem”, disse.
Sobre o Artista
Nascido na Polônia, Frans Krajcberg já trabalhou como pintor, escultor, gravador e fotógrafo. Estudou artes e engenharia na Universidade de Leningrado, tornando-se oficial do Exercito polonês de 1941 a 1945, durante a II Guerra Mundial. Após a guerra ingressou na Academia de Belas Artes de Stuttgart, na Alemanha.
No ano de 1948 imigrou para o Brasil e fixou-se em São Paulo, participando em 1951 da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, expondo duas pinturas. Mudou-se para o Paraná, para trabalhar como engenheiro numa fábrica de papel, mas acabou se dedicando à pintura.
A vinda para o Brasil modificou a criação figurada representativa da natureza pintada por Krajcberg, depois de entrar em contato direto com a natureza brasileira no interior do Paraná, onde acabou por se tornar expressionista. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1956 e em 1957 naturalizou-se brasileiro.
Na Bienal de São Paulo em 1957 conquistou o prêmio de melhor pintor nacional. Foi premiado também no Salão de Arte Moderna e na Bienal de Veneza de 1964. Desenvolveu paralelamente pintura, escultura e fotografia.