Se tem uma pessoa irrequieta na Serra, essa pessoa chama-se Oswaldino Luiz Marinho, 55 anos servidor público municipal desde os 18; conhece a máquina pública na sua essência; sabe nome, sobrenome, data de nascimento e endereço da maioria dos associados do sindicato ao qual preside, o Sermus – Sindicato dos Servidores da Serra.
Pensa em uma pessoa que anda muito; por todo o município, inclusive área rural. É normal encontrá-lo por volta de 1 ou 2 horas da madrugada. Além disso é brigão; Sérgio Vidigal e Audifax o conhecem muito bem e sabem da disposição dele de partir para cima para defender o servidor público.
Nessa época de pandemia, ele tem circulado por todas as unidades de saúde do Município e vendo o esforço que os servidores têm feito para ajudar a conter o avanço do coronavírus. Esforço também demonstrados pelos servidores da Secretaria de Defesa Social e os que dedicam diretamente à limpeza pública da cidade.
TN – Você tem circulado por todas as unidades de saúde do Município. O que você tem visto?
Oswaldino – tenho visto muita entrega, muita dedicação, da pessoa terceirizada que realiza a limpeza das unidades aos médicos, médicas e administradores das mesmas. Pessoas que estão ali para servir, sem medir esforços.
Inclusive o Sermus protocolou ofício endereçado ao prefeito Audifax, no qual pede que seja feito projeto de lei, concedendo gratificação para os servidores da Saúde, da Defesa Social e limpeza pública.
Protocolamos sim, foi no dia 31 de março, retroagindo ao dia 16, quando começou o isolamento social. É uma forma de valorizar e agradecer esses profissionais que estão se expondo para salvar vidas. O prefeito pode fazer esse projeto de lei e encaminha para a Câmara; os vereadores aprovam e vira lei, pelo menos nesse período em que durar a pandemia. Os valores ficam a cargo do Executivo, de acordo com a capacidade de pagamento da Prefeitura.
O que você espera para o servidor depois que isso tudo passar?
Espero que os próximos prefeitos tenham um posicionamento diferentes dos posicionamentos de Vidigal e Audifax, que administram a cidade há 24 anos, 12 anos cada um. Para se manterem no poder, foram fazendo muitas concessões para as camadas mais pobres da população, sem que ninguém saísse dela. É como se tivesse só porta de entrada e cada ano entrando mais gente. Que dá cesta básica? Dá; que pagar aluguel social? Paga; quer dá caixão para os mortos? Dá. Mas deem algo palatável para os servidores; valorizem eles mais. São eles quem carregam esse município nas costas. Eu espero que essa pandemia vá logo embora, que os servidores não fiquem traumatizados com isso e quem vier depois do Audifax, que faça diferente, o servidor é ser humano e precisa de atenção.
Sua vida é o servidor público da Serra?
É, e tenho muito orgulho disso. Não tem dia, não tem hora, não tem tempo ruim. Se perseguem um servidor e ele procurar o Sindicato, independente de ser associado de ser ou não associado, nós colocamos nossa estrutura à disposição dele. Minha causa sempre foi em defesa do servidor; já briguei muito, tanto com Vidigal quanto com Audifax e brigarei o quanto for necessário. Se não temos mais conquistas é por que a luta é constante e inglória. É o gigante contra o anão.
Passa pela sua cabeça a Serra ser administrada por algum prefeito forasteiro?
De maneira alguma e estou contrariado com esse negócio de Amaro Neto ser candidato aqui na Serra. Não teve nem a decência de vir a público se justificar. Vamos lutar com todas as nossas forças para ele perder. Fico a perguntar o porque um monte de gente daqui, amigo da gente ainda aceita fazer parte de uma chapa de vereadores na qual Amaro é o candidato a prefeito; o eleitor deveria não votar nem no Amaro e nem nos candidatos a vereador que o apoiam.
Tem gente com capacidade na Serra para administra-la?
Claro que tem; Amaro é que eu acho que não tem, vai ficar só rindo da cara da gente, nos achando os mais bobos do Estado. Temos lideranças boas, novas, com determinação e coragem para administrar a cidade, não precisamos de forasteiro.