Você sabia que existe um passarinho no Espírito Santo que é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do planeta? É a Saíra-apunhalada, ave capixaba quem tem as montanhas capixabas como refúgio – local ecologicamente rico, onde também vivem outras espécies que correm o risco de desaparecer da terra.
E pensando nas estratégias de conservação desta espécie, começou nesta sexta-feira (16) e segue até o dia 23 deste mês uma série de oficinas com representantes de diversos países que serão realizadas em forma de lives e tem como objetivo elaborar um plano de ação e avaliação das estratégias para conversação da Saíra-apunhalada (Nemosia rourei). O evento também quer servir como um trampolim para divulgação da espécie, assim como da sua crítica situação.
Atualmente existem apenas 11 exemplares da espécie que é uma ave nativa, pequena e encontrada na Mata Atlântica. Com tão poucos indivíduos, a espécie precisa de um grande esforço coletivo para promover ações urgentes para impedir sua extinção.
A Saíra-apunhalada chega ao tamanho de 12,5 centímetros de comprimento e pesa cerca de 22 gramas. Apresenta na garganta e no peito uma grande mancha vermelha característica. A testa é preta e o topo da cabeça é cinza claro, bem como o ventre. Partindo da testa preta, uma larga faixa preta se estende sobre os olhos e termina atrás da cabeça. Asas e cauda têm cor preta. As asas possuem detalhes azuis na parte inferior das penas coberteiras grandes. O bico curto é escuro, quase preto, a íris é de coloração alaranjada e as pernas e pés são rosados. Não há diferenças de cor e tamanho entre machos e fêmeas.
Para se alimentar, a Saíra-apunhalada sai em grupos, inclusive mistos com outras espécies, em busca de pequenos insetos e outros invertebrados. Para se reproduzir constrói o ninho no começo de outubro a dezembro e habita florestas úmidas em altitudes de 850 a 1250 metros. A espécie ocorre somente nas matas de montanha do Espírito Santo e suas principais ameaças são a perda e modificação no habitat, agrotóxicos e mudanças climáticas.
Á frente da oficina estão o Instituto Marcos Daniel (IMD) e a Transmissora Caminho do Café – TCC/ALUPAR que se uniram ao Parque das Aves, o Instituto Claravis, o Centro de Sobrevivência de espécies Brasil e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Aves Silvestres (CEMAVE) para avaliar e delinear um plano para a recuperação dessa espécie.
A iniciativa também integra o Plano de ação Nacional de Aves de Mata Atlântica coordenado pelo CEMAVE/ICMBio e a oficina será facilitada por representantes do CEMAVE e do Grupo Especialista em Planejamento de Conservação (CPSG) da Comissão de Sobrevivência de Espécies, União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
Segundo Marcelo Renan Santos, presidente do Instituto Marcos Daniel, o evento será fundamental para orientar e respaldar a continuidade das ações que já vêm sendo desenvolvidas pelo Programa de Conservação da Saíra-apunhalada, que é desenvolvido pelo Instituto Marcos Daniel e Transmissora Caminho do Café. “As recomendações que serão formuladas no evento serão baseadas no consenso de especialistas obtido através de uma metodologia consagrada mundialmente.”
Estarão reunidos 50 participantes, incluindo especialistas de grande renome internacional, bem como representantes de órgãos ambientais, comunidades locais e ongs, para discutir as ameaças e propor ações para conservação da Saíra-apunhalada. Haverá representantes da Bélgica, Estados Unidos, Suíça, Alemanha, Costa Rica, País de Gales, Inglaterra e Brasil.
“Na oficina utilizaremos uma metodologia testada em diversas espécies para avaliar cuidadosamente e sistematicamente as possíveis estratégias de manejo integrado, bem como para elaboração de ações que serão construídas em consenso com atores com diversos pontos de vista”, diz Fabiana Rocha, do Grupo Especialista em Planejamento de Conservação.
Esse evento produzirá um documento contendo as ações de conservação a serem executadas no programa e recomendações de manejo em cativeiro.
“Para salvar uma espécie tão ameaçada, precisamos ter todos trabalhando juntos – incluindo conservacionistas, agricultores, funcionários públicos, zoológicos, pesquisadores e empresas. Estamos muito felizes em participar deste importante evento, e esperamos que traga nova esperança para a saíra-apunhalada”, diz Ben Phalan, do Parque das Aves.
Sobre o Instituo Marcos Daniel
O Instituto Marcos Daniel é uma associação sem fins lucrativos e reconhecida pelo Ministério da Justiça como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). As suas ações envolvem educação ambiental, cursos de capacitação, pesquisas científicas, projetos de conservação de biodiversidade e consultoria.
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