O ex-prefeito da Serra e atual deputado federal, Sérgio Vidigal (PDT) voltou a criticar o ministro de Economia, Paulo Guedes e a Reforma da Previdência proposta pelo Governo Bolsonaro. Durante uma sessão da Comissão Especial realizada na Câmara dos Deputados, o parlamentar afirmou que não apoia essa proposta, já que ela penaliza os mais pobres.
Vidigal afirma que não é contra a Reforma da Previdência, entretanto defende ajustes no texto de maneira que “não prejudique” os trabalhadores. “É preciso reavaliar a questão do tempo de contribuição levando em conta a atividade de cada um. Eu sou médico, eu não tenho problema em trabalhar até os 65 anos. Mas o coletor de lixo que corre atrás do caminhão o dia inteiro, ele não consegue trabalhar até os 65 anos de idade”, disse o deputado durante uma audiência da Comissão Especial que debate a Reforma da Previdência.
Ao falar de Paulo Guedes, o deputado afirmou que ele e o ministro são de linhas pensamento “diferentes”, mas a Câmara deve pensar igual, segundo Vidigal. “Lógico que eu e o seu Paulo Guedes somos de escolas diferentes. Eu sou médico e ele economista. A minha escola é de Hipócrates, que diz que você não poderá medir esforço pra salvar uma vida. A escola do economista diz: ‘quanto custa a vida?’ Então somos de escolas diferentes, mas esta casa não. Eu tenho convicção que ela pensa como todo”, afirmou.
Críticas ao Governo Bolsonaro
Vale destacar que essa não é a primeira vez que Vidigal endurece as críticas a Reforma da Previdência, ao ministro Paulo Guedes e ao presidente Jair Bolsonaro (PSL). Em março, durante uma entrevista concedida ao TEMPO NOVO, Vidigal foi crítico ao falar de Bolsonaro, ele afirmou na ocasião que “era preciso mais tempo” para fazer uma avaliação sobre o seu governo, mas cravou: “Não me lembro de um início com tantos problemas internos”.
Em abril, o ex-prefeito da Serra fez um duro pronunciamento ao criticar pontos do projeto e defendeu a inconstitucionalidade da Reforma da Previdência. No início de junho, o ex-prefeito bateu de frente com Guedes e fez diversos questionamentos sobre a proposta da Reforma.