O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu, na última quinta-feira (5), a janela partidária para a corrida de pré-candidatos com mandatos entre os partidos. O prazo é de um mês e permite a troca de legendas sem o risco de processos por infidelidade partidária.
Mas ao contrário dos anos anteriores, em 2020, os partidos estão dispensando seus mandatários. O objetivo é montar chapas sem medalhões, pois neste ano não haverá coligações proporcionais.
Na Câmara da Serra, a cada semana, a lista de vereadores sem partidos recebe novos nomes. Pelo menos 13 vereadores estão sem partido ou em condições ameaçadas dentro de suas siglas.
Alguns deles são Roberto Catirica e Stefano Andrade, que migraram para o Podemos após a fusão deste com o PHS. Mas de acordo com o presidente municipal da sigla, Hamilton Luiz, os vereadores não terão legenda.
“Em comum acordo com a executiva municipal do Podemos, eles estão deixando a legenda para seguir a vida deles”, limitou-se a dizer.
Roberto Catirica estaria aguardando um sinal do prefeito Audifax Barcelos (Rede) para direcionar seu mandato, mas o prefeito deve priorizar aliados de longa data, como Miguel da Policlínica (sem partido), Guto Lorenzoni e Ericson Duarte (ambos Rede).
Em conversa com a reportagem, Miguel disse: “Vou para o Patriota”. Já Ericson e Guto podem contar com a Rede se quiserem disputar a reeleição.
Estão indefinidas as situações dos vereadores Adriano Galinhão, Geraldinho PC, Fábio Duarte, Geraldinho Feu Rosa, Quélcia Fraga, Robinho Gari e Basílio (que pode se filiar ao PSC). Esses vereadores estão sem partido, pois foram desligados de suas legendas.
A lista pode conter, ainda, Rodrigo Caldeira e Wellington Alemão, que continuam filiados à Rede e ao DEM, respectivamente.
Caldeira deve ser desfiliado da Rede e seu futuro ainda é indefinido. Já Wellington pode ser surpreendido com a chegada de Adriano Galinhão e Fabão da Habitação (atualmente no PSD, mas anunciado que não terá legenda do partido).
Um capítulo à parte é o que traz os vereadores Adilson Porto Canoa (PSL) e Aécio Leite (PT). Ambos estão garantidos na disputa, pois têm o controle das legendas, mas especula-se que a chapa proporcional pode não corresponder às expectativas.
O presidente municipal do PT, Miguel Junior, rebate. “Estamos com chapa forte e vamos fazer dois vereadores, podendo chegar a três”.