A paixão pela arte tem ajudado uma moradora de 14 anos da Serra, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a superar sua ansiedade por meio da pintura. Ana Rebeca Sathler, reside em Vila Nova de Colares e desenvolveu interesse pela pintura desde que começou a escrever.
“Ela adora pintar, acha muito bonito e interessante. Na escola, os professores a incentivam, e ela vem se desenvolvendo e aperfeiçoando suas habilidades, recebendo elogios por onde passa. Esses elogios a motivam a aprimorar seus desenhos e se dedicar ainda mais às suas pinturas”, compartilhou Maria Lúcia Sathler, mãe de Ana.
A família de Ana trabalha com móveis usados no bairro onde moram. A estudante é muito inteligente, o que é destacado por sua mãe como uma de suas principais características. “O sonho dela é continuar e ser reconhecida pela sua arte. Precisamos investir nisso, pois é o sonho dela, e faremos tudo que pudermos para apoiá-la”, disse o pai, Sebastião Dutra Sathler, que acompanha de perto o desenvolvimento da filha.
Maria Lúcia relata que Ana fica entusiasmada ao visitar papelarias, desejando comprar tudo o que vê para suas pinturas. “É um desafio financeiro acompanhar todos os seus desejos, mas nós a incentivamos, pois a arte a ajuda a ficar mais tranquila e reduz significativamente seus níveis de ansiedade. Ela é muito ansiosa, e a pintura serve como uma distração. Ela faz uso de medicação, mas a pintura se tornou um reforço importante em nossas vidas. Quando se sente triste, ela pinta. A arte se tornou uma forma de superação para ela”.
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A inspiração de Ana vem de sua imaginação e experiências cotidianas. Ela cria seus próprios personagens, pinta modelos de roupas, desenha cachorros, incluindo uma cachorrinha que é sua grande paixão e frequentemente serve de modelo para suas obras. Ela também cria paisagens maravilhosas, como uma casa na árvore que pintou e que ficou especialmente linda.
Segundo Maria Lúcia, as pessoas reagem muito positivamente às pinturas de Ana, admirando seu trabalho e contribuindo para elevar sua autoestima.
Marluce comenta que, nos primeiros dias após o diagnóstico de TEA, os pais podem se sentir perdidos, mas a convivência com outras pessoas, o companheirismo e respeito dos grupos de apoio, além do acompanhamento médico, ensinam a conviver e entender a condição.
“Aprendemos constantemente uns com os outros. É essencial que os pais invistam em seus filhos e os apoiem, independentemente do tipo de talento que possuam. O apoio dos pais faz toda a diferença”.