Aos 95 anos, Altina de Souza decidiu que nunca é tarde para realizar um sonho. Moradora de José de Anchieta II, na Serra, ela se matriculou na Educação de Jovens e Adultos (EJA) para aprender a ler e escrever. Seu maior desejo? Poder ler a Bíblia por conta própria.
“Estou muito feliz com a oportunidade. Quero aprender a ler e escrever, principalmente para ler a Bíblia. Esse é o meu sonho. A escola fica pertinho da minha casa, então agora vou às aulas todos os dias. Convido todos da comunidade a virem conhecer e voltarem a estudar”, conta a aposentada, que frequenta a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Manoel Vieira Lessa.
A determinação de Altina é inspiradora, mas ela não está sozinha. Aos 77 anos, Izaura dos Santos também está dando os primeiros passos na escola. Assim como Altina, ela quer conquistar algo fundamental: independência.
“Quero poder sair sozinha, pegar um ônibus e resolver as tarefas do dia a dia sem precisar de ajuda. Mas, antes de tudo, quero aprender a escrever meu nome. Estou muito feliz em, pela primeira vez, vir à escola”, compartilha emocionada.
A história das duas mostra como a educação transforma vidas em qualquer fase. Para a secretária municipal de Educação, Mayara Candido, a EJA representa mais do que uma oportunidade acadêmica. “Oferecer uma nova chance de aprendizado para jovens e adultos é um compromisso que assumimos. A EJA não é apenas uma oportunidade de educação, mas de transformação pessoal e social. A oferta da educação para todos é a garantia de um direito constitucional”, afirmou ao Jornal Tempo Novo.
Em 2025, dez escolas municipais ofertam a EJA no turno noturno, permitindo que aqueles que não tiveram a oportunidade de concluir o ensino fundamental possam retomar os estudos. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, das 17h50 às 22h, e seguem um modelo semestral, no qual o estudante completa uma série a cada seis meses.
Podem se inscrever pessoas com 15 anos ou mais que não cursaram ou não concluíram o ensino fundamental. Para a matrícula, basta comparecer à secretaria de uma das unidades de ensino levando um documento de identificação com foto, certidão de nascimento ou casamento e comprovante de residência.
Além das aulas, os estudantes têm acesso a alimentação escolar, acervo de livros, salas climatizadas, suporte tecnológico e inclusão digital.
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