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Após cobrança de Vandinho, Estado diz que Materno Infantil começa a funcionar até janeiro

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Vandinho cobrou funcionamento do Hospital e recebeu prazo do Estado. Foto: Divulgação

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), afirmou que o Hospital Materno Infantil, em Colina de Laranjeiras, deve começar a atender a população entre o final deste ano e o início de janeiro de 2021. O prazo foi dado após o deputado estadual, Vandinho Leite (PSDB), questionar o chefe do Executivo estadual sobre o funcionamento do espaço. A maternidade foi construída pela Prefeitura da Serra, mas será assumida pelo Governo do Estado.

O questionamento de Vandinho foi feito durante a prestação de contas do governador na Assembleia Legislativa. “Temos um espaço que já poderia estar atendendo as demandas da população capixaba, principalmente dos serranos, mas que, até agora, não realizou nenhum atendimento. É preciso uma resposta sobre quando, de fato, o Hospital Materno Infantil começará a funcionar”, disse o deputado.

Logo em seguida, Casagrande disse que a previsão é de que, no máximo, até janeiro, o Executivo estadual assuma a administração da unidade hospitalar. O governador confirmou que o hospital ainda não foi assumido pelo Estado devido a burocracias a serem cumpridas e também compra de equipamentos e adequações que precisarão ser feitas na estrutura.

Conforme informado anteriormente com exclusividade pelo TEMPO NOVO, o Governo do Estado garantiu que ainda não assumiu, oficialmente, a gestão da maternidade. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a transferência de patrimônio e gestão da unidade entre o Município e a Sesa ainda não foi efetivada.

Leia também: Estado desmente Prefeitura da Serra e diz que ainda não assumiu Materno Infantil

A afirmação da Secretaria de Saúde desmentiu a gestão de Audifax Barcelos (Rede) que dizia já ter entregue o Materno Infantil para gestão do Governo do Estado. Além de necessitar de diversas licenças para concretizar, de fato, a transferência, o Estado afirma que adequações estruturais terão que ser feitas na estrutura e equipamentos e mobiliários precisarão ser comprados para que, após isso, o hospital seja inaugurado.

“Esclarecemos que a transição do Hospital Materno Infantil será efetivada após a anuência do Ministério da Saúde e liberação das licenças necessárias. Ressalta que com a finalização deste processo o governo assumirá a gestão, mas ainda será necessário adequações estruturais e compras de equipamentos e mobiliários, para então a unidade passar a integrar o complexo do Hospital Dr. Jayme Santos Neves”, disse a Sesa em nota.

O desejo de entrega do Município ao Estado ocorre por conta do custo anual que o hospital irá gerar. Serão aproximadamente R$ 100 milhões – valor este semelhante ao gasto total para construção do Materno Infantil. Desde antes da finalização das obras, havia dúvidas de como a gestão de Audifax iria colocar a maternidade para funcionar, uma vez que esse custeio seria muito alto. Por isso, o Município propôs ao Governo do Estado para que a gestão do novo hospital fosse estadualizada. O pedido foi aceito pelo governador Renato Casagrande.

No dia 26 de setembro, Casagrande esteve presente no evento de entrega das obras. Na ocasião, a Prefeitura da Serra afirmou que estava realizando a transferência de patrimônio. Mas a informação repassada pelo Governo do Estado era de que o governador apenas assinou um protocolo de intenções entre Governo do Estado e Prefeitura de Serra. Outras autoridades municipais e estaduais também participaram da entrega das obras.

Mais de 8 mil gestantes serão atendidas por mês

O hospital, que recebeu o nome de Maria da Glória Merçon Vieira Cardoso, vai atender 8.700 gestantes por ano e realizar 725 partos por mês. Mulheres e crianças da Serra, de outros municípios capixabas e até de estados vizinhos, como Bahia, vão ser atendidas. O nome foi escolhido por meio de enquete popular realizada no site da Prefeitura da Serra.

Sobre como será o funcionamento geral da maternidade, não há informações. A área do Hospital Materno Infantil é equivalente ao tamanho de dois campos e meio de futebol. A estrutura é composta por três pavimentos distribuídos em assistência materno-infantil e serviços de apoio diagnóstico e terapêutico. Vale lembrar que essa é a maior obra pública da Serra.

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