Somando os valores da reforma não concluída, dos alugueis pagos e da demolição, o Governo do Estado já gastou cerca de R$ 12 milhões com a escola que ainda não está pronta. O valor ainda deve aumentar já que, por enquanto, a obra está só no papel.
A tão sonhada e esperada obra do Aristóbulo Barbosa Leão (ABL), em Parque Residencial Laranjeiras na Serra, deve ficar para o ano que vem. Desta vez, a promessa do Governo Casagrande é de realizar a licitação da obra em janeiro de 2020, mas ainda não tem previsão para iniciar a obra. A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) confirmou o novo prazo para a reportagem. Ao todo já foram gastos mais de R$ 12 milhões.
De acordo com estudantes do ABL, que não se identificaram por medo de represálias, a Sedu realizou uma reunião com representes da escola e prometeu que a obra seria licitada em dezembro deste ano, mas a construção iria começar apenas em junho do próximo ano. O TEMPO NOVO entrou em contato com a secretaria para confirmar as informações, mas a Sedu se negou a responder as perguntas da reportagem. Sendo assim, não foi possível confirmar se o início da obra será em junho. A Sedu também não confirmou se realizou a reunião.
Em nota, a secretaria se limitou a dizer que “a previsão é que o edital seja publicado até o início do próximo ano”. Disse ainda que o projeto da escola é o mesmo da gestão passada.
Uma aluna da escola disse que a reunião foi feita no final de maio e contou com a presença do Subsecretário de Suporte à Educação, Aurélio Meneguelli Ribeiro. “Foram lá na escola e entregaram pra gente o novo projeto. Disseram que a previsão é de que as obras comecem na metade do ano que vem. A previsão para a licitação era para dezembro”, afirma a aluna.
No projeto entregue aos alunos, ao qual o TEMPO NOVO teve acesso, está planejado que o novo Aristóbulo contará com 24 salas de aulas comuns, um laboratório de informática, um laboratório comum, biblioteca, Centro de Idiomas, sala de dança, sala de música, quadra esportiva, duas mini quadras e um auditório.
Ainda no documento, o cronograma da obra mostra que a licitação que estava prevista para acontecer em outubro, foi programada para dezembro. Sendo assim, o edital da obra só seria publicado no final deste ano. Segundo alunos, na reunião, o Subsecretário de Suporte à Educação, Aurélio Meneguelli Ribeiro, disse que a previsão é para que a obra fique pronta em dois anos, após o inicio da construção.
Obras paralisadas, R$ 12 milhões gastos e prédio demolido
O prédio do ABL, em Laranjeiras, tem 41 anos e começou a ser reformado em 2012. O custo divulgado na época era de R$ 9 milhões, e a reforma deveria ter sido entregue em julho de 2014. Porém, as obras foram paralisadas naquele ano. O motivo, de acordo com o Instituto de Obras Públicas do Espírito Santo (Iopes), é que a empresa contratada para executar o serviço faliu e abandonou o trabalho. Com a reforma, que não foi concluída, o gasto chegou aos R$ 6 milhões.
Logo no início das obras em 2012 os alunos foram levados para um espaço provisório onde funcionava uma faculdade em Jardim Limoeiro, ao lado do cruzamento entre as rodovias Norte – Sul e ES 010. Ao longo desses anos, o prédio vem sendo motivos de queixas e protestos de estudantes, que alegam falta de estrutura. Dentre eles, espaço precário para educação física, ausência de ar condicionado, ventiladores e parte elétrica com problemas constantes, além dos riscos de assaltos nas redondezas.
O espaço alugado, em Jardim Limoeiro, custa cerca de R$ 80 mil de aluguel por mês aos cofres públicos. No ano passado, o valor do aluguel era de R$ 78 mil mensal. Após uma longa busca no Portal da Transparência, o TEMPO NOVO constatou que o contrato de aluguel firmado em 2019 será do valor total de R$ 885.967,06. Ao todo, já foram gastos cerca de R$ 5 milhões somente em aluguel, enquanto se aguarda a obra da nova escola em Laranjeiras.
Enquanto as obras não andavam, o prédio do ABL, em Laranjeiras, ficou abandonado por quatro anos e foi demolido pelo Governo do Estado no final de 2018. Na época, o então secretário da Educação, Haroldo Rocha, afirmou que o espaço estava sem ‘boas condições’ para continuar a reforma. A demolição custou R$ 290,7 mil.
Questionado pelo TEMPO NOVO sobre os valores gastos nas obras e os atrasos, Haroldo sugeriu pensar positivo e prometeu que a obra estaria licitada até o final de 2018, o que não aconteceu.
Vale lembrar que foi demolido somente o prédio principal da escola, onde aconteciam as aulas. Foram mantidas da estrutura atual, a cozinha e áreas de apoio, refeitório coberto, área de serviços, vestiário, auditório e quadra poliesportiva.
Somando os valores da reforma não concluída, dos alugueis pagos e da demolição, o Governo do Estado já gastou cerca de R$ 12 milhões com a escola que ainda não está pronta. O valor ainda deve aumentar já que por enquanto a obra está só no papel.
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