Após polêmica nas redes sociais, a Prefeitura da Serra confirmou que realmente gastou R$ 17,5 mil com cada posto de salva-vidas implantado nas praias da cidade. Nos últimos meses, imagens e vídeos com questionamentos sobre o valor pago por unidade à empresa contratada ganharam repercussão nas redes sociais de serranos. A afirmação do Município foi dada ao TEMPO NOVO, que apurou se a informação era verídica ou se tratava de uma fake news.
O conteúdo que circula na internet vem com o seguinte questionamento: “o prefeito da Serra gastou R$ 17,5 mil com essa casinha. Você concorda?”. As imagens foram espalhadas em grupos de WhatsApp e páginas do Facebook. Além disso, há um vídeo no Tiktok que possui mais de 110 mil visualizações.
A reportagem apurou informações sobre os valores gastos. Além da confirmação oficial da prefeitura, o Portal da Transparência da Serra também indica que a informação é verdadeira. No site, há um contrato que foi firmado entre a Prefeitura da Serra e Construtora Velozo LTDA no valor de R$ 157.646,30. Ao todo, foram nove abrigos para salva-vidas e o Município pagou R$ 17,5 mil por cada unidade.
Segundo o contrato, nesse valor está incluso a execução de serviços de fabricação e instalação das torres. A licitação foi iniciada em 18/02/2019, com abertura de propostas em 25/02 e homologação do resultado no dia 26/02 do mesmo ano. Ainda segundo os dados, outras duas empresas também participaram da concorrência. As propostas foram parecidas, mas a empresa vencedora apresentou um custo menor do que suas concorrentes.
A WF Engenharia LTDA ofereceu R$ 158.446 pelo contrato e a Reis Magos Construtora, R$ 159.246. Por conta disso, ganhou a Construtora Velozo que ofereceu o serviço por um preço um pouco abaixo. Vale lembrar que o contrato foi iniciado em março de 2019 e finalizado em junho do mesmo ano.
Por meio de nota, a Prefeitura da Serra informou que a contratação da empresa para fabricação e instalação dos postos de observação dos guarda-vidas seguiu todos os trâmites legais exigidos pela administração pública.
Especificou ainda que o valor envolve a aquisição do material, que inclui madeira com tratamento para oferecer maior durabilidade, fundação em concreto, transporte do fornecedor ao local de instalação e mão de obra para execução do serviço.
O Município ainda finalizou a nota dizendo que o objetivo dos postos é possibilitar aos guarda-vidas ter melhor visualização dos banhistas, o que ajuda a evitar incidentes, como afogamentos. “Os postos estão distribuídos ao longo do litoral da Serra”, diz o texto da nota.
Conforme noticiado pelo TEMPO NOVO no dia 23 de agosto deste ano, um desses abrigos – que fica em Bicanga – caiu por conta de uma forte ventania que atingiu a Serra. Na ocasião, a prefeitura disse que a estrutura seria recolocada, o que realmente aconteceu alguns dias depois.
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