Em meio à pandemia causada pelo coronavírus, o governo do Estado voltou a autorizar que ônibus do sistema Transcol circulem com passageiros em pé. Até semana passada, os coletivos podiam sair dos terminais apenas com pessoas sentadas. Apesar disso, a medida, de fato, nunca foi colocada em prática pelos usuários e funcionários, já que cenas de superlotação em terminais e nos próprios veículos são vistas diariamente.
O secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fábio Damasceno, e o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, assinaram uma portaria, publicada neste fim de semana, onde o governo definiu quais ônibus receberão essa autorização, além de impor alguns limites para evitar aglomerações.
Segundo o texto, a autorização vale para as linhas expressas, que podem sair com até 25 passageiros em pé nos ônibus articulados e 15 nos veículos convencionais. Nas linhas que não são expressas, a proibição de pessoas circularem não sentadas continua valendo.
Essas regras já entraram em vigor. Segundo a portaria, o planejamento do dimensionamento da frota no contrato é de seis passageiros em pé por m², mas esse número foi reduzido para dois usuários por m² durante a pandemia para minimizar os risco de contaminação pela Covid-19.
Vale destacar que, em agosto deste ano, o Estado assinou um termo com o Ministério Público do Espírito Santo, onde se comprometia a não deixar que os ônibus saíssem dos terminais com pessoas em pé. O problema é que mesmo após isso, aglomerações continuaram ocorrendo nos coletivos.
Vale destacar que superlotação de coletivos do Transcol é um problema antigo, mas que se agravou durante a pandemia de Covid-19, já que aglomeração é sinal de contaminação, ainda mais em ambientes fechados como dentro dos veículos. O TEMPO NOVO já denunciou a situação diversas vezes. Os passageiros pedem aumento da frota e mais fiscalização para tentar conter contaminação do vírus nos terminais e ônibus.