A vice-governadora do Espírito Santo, Jacqueline Moraes – que desde que assumiu o mandato tem encampado pautas como o empoderamento feminino e o combate ao racismo – não deixou barato após sofrer ofensas de um colunista de um jornal online do ES. No texto, publicado em 18 de maio, entre outras ofensas, ela é classificada como “vira lata” que “abana o rabo” para o governador Renato Casagrande e “late” contra adversários “salivando ignorância”.
O conteúdo gerou uma onda de críticas de autoridades, como do próprio governador Renato Casagrande, o ex-prefeito de Vitória, João Coser e a vereadora da capital, Camila Valadão, por exemplo. Em resposta ao texto, a vice-governadora fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Crimes Cibernéticos, além disso, entrou com uma ação na Justiça por violência política e de gênero, com base na Lei 14.192/21.
O texto que contém ofensas explícitas a Jacqueline é um desdobramento do caso em que o prefeito de Vitória acusou “autoridades” do Governo do Estado de corrupção; acusações das quais ainda não foram encaminhadas provas públicas. Em defesa do Governo do qual faz parte, Jacqueline disse que a fala do prefeito de Vitória tem cunho eleitoral e classificou como “irresponsável”.
Em nota oficial emitida pela vice-governadora, ela disse que “vivemos tempos difíceis, de verdades distorcidas e muita má intenção disfarçada de notícia”.
Ela afirmou que tem sido uma vítima sistemática dessa rede de “injustiças e mentiras”, que são usadas para a desqualificar utilizando “‘matérias’ mentirosas, covardes, racistas e misóginas, sem se importar em provar suas acusações ou pelo menos ouvir os dois lados da história”. E que tal comportamento, “está muito longe de representar o que é o jornalismo brasileiro”.
Jacqueline ainda disse que tem “orgulho em ser a primeira mulher eleita vice-governadora na história do Espírito Santo e em representar a maioria da população capixaba, que são as mulheres”. E em tom forte, completou: “Os compromissos que tenho assumido não me permitem dobrar os joelhos perante comportamentos absolutamente machistas”, afirmou.
Ela se disse ainda “uma grande defensora de uma imprensa livre, que luta e entrega a verdade com fatos apurados. Sem injustiças” e se solidarizou “com o trabalho dos jornalistas sérios” e por fim completou: “Não são tempos fáceis, mas, tenho certeza de que, mais uma vez, a verdade prevalecerá. Minha gratidão ao apoio da minha família, dos meus amigos e do governador Renato Casagrande nessa luta”, finalizou a nota.
Até a manhã dessa sexta-feira, o jornal que publicou o texto intitulando a vice-governadora como “vira-lata” ainda não tinha se pronunciado publicamente sobre o tema. Assim que houver novidade, atualizaremos aqui.