A Serra não irá perder empresas já instaladas na cidade ou mesmo novos investimento caso Aracruz seja incluído na Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). É o que afirma o 1º vice-presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), José Carlos Zanotelli, que também é dono de empresa na Serra.
“A Findes não entende que a inserção de Aracruz na Sudene possa prejudicar a Serra, até porque os benefícios atendem empresas tributadas pelo lucro real, ou seja, de grande porte. E o que importa é o ambiente de negócios, que a Serra já tem consolidado, além da logística. Em Aracruz, devem ser atraídas empresas satélites da Jurong e Fibria”, explica.
A possibilidade de inclusão de Aracruz, município que fica a cerca de 50 km da Serra é forte. Tanto que um projeto de lei que inclui Aracruz e os municípios da região central serrana Itarana e Itaguaçu além de Governador Lindemberg, no norte, já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e vai a votação no Senado Federal.
Zanotelli disse inclusive que caso se concretize a inserção desses quatro, a tendência é que as demais cidades capixabas gradativamente sejam incluídas na Sudene, dentre elas a Serra. Vale lembrar que 26 municípios capixabas já fazem parte da Sudene, que dá a incentivos fiscais de 30% e 75% sobre o Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) pelo prazo de 10 anos, além de descontos no PIS/PASEP e Cofins para aquisição de novas máquinas.
Procurada pela reportagem, a prefeitura da Serra informou, via assessoria de imprensa, que não se pronunciará sobre este assunto.