Tem chamado a atenção de quem mora ou passa por Laranjeiras um enorme buraco cavado no terreno da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras (AMPRL), que fica em frente ao estádio da entidade na Segunda Avenida.
Segundo a presidente da AMPRL, Deborah Alves, o local vai receber um prédio privado de dois pavimentos e o buraco é onde ficará o estacionamento subterrâneo dessa edificação. “Foi feito um contrato de arrendamento de 25 anos com investidores para que explorem o local. Eles terão que repassar R$ 5 mil por mês para a Associação”, explica.
Deborah disse que o contrato foi assinado no período em que a AMPRL estava sob intervenção judicial. Assim que assumiu a entidade, o grupo encabeçado por Deborah percebeu que eram necessários ajustes para evitar que o futuro prédio inviabilizasse as entradas do estádio para jogos profissionais.
“Encaminhamos um documento contendo cinco aditivos contratuais que deverão ser cumpridos pelo empreendedor. São eles o projeto arquitetônico do campo de futebol (entre R$ 15 e 20 mil); o depósito antecipado de R$ 100 mil na conta de uma empresa a ser escolhida pela AMRPL para reformar o gramado; ajuda na reforma da arquibancada velha; informar o valor investido na obra e quitar a última parcela do acordo feito com o interventor judicial”, detalha.
Schowambach
Segundo um dos sócios da obra, o empreendimento é fruto de um consórcio entre três investidores, sendo um deles da rede de supermercados Showambach, que detém 50% das ações, outro empresário identificado como Léo Cibien, que dispõe de 40% e Dalto Zuchi, do segmento de granito, que detém 10% das ações.
Zuchi conversou com a reportagem e informou que a obra terá 4,5 mil m2 de área para lojas, que serão entregues à AMRPL após o término do contrato de concessão (25 anos). “Vamos acatar a proposta de oferecer os aditivos para a comunidade”, promete.
Supermercado descartado
Deborah descartou a construção de um supermercado da mesma rede que está participando do novo prédio, o Showambach, na sede da AMPRL. E disse ainda que este contrato, que prevê uma multa de R$ 360 mil à AMPRL em caso de rompimento, ainda será analisado pela assessoria jurídica da Associação.