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As mãos dos que dão vida e cor a tradição do congo

Regina faz vestidos, estandartes, faixas e faz parte do grupo de congo Konschaça. Foto; Fábio Barcelos

Ana Paula Bonelli

Por trás da beleza das roupas, estandartes e outros adornos usados pelas bandas de congo durante a temporada das festas de São Benedito na Serra, existem as mãos hábeis dos costureiros e artesãos.

São pessoas que há anos se dedicam ao ofício de costurar e enfeitar as roupas de Rainhas, Princesas; fazer estandartes e faixas; pintar e decorar o navio Palermo, além do mastro que é puxado e fincado em frente a Igreja Matriz, na Sede.

Peças tradicionais nos festejos, o navio Palermo e o mastro do padroeiro da Serra, são enfeitados e pintados há mais de doze anos pelos irmãos Darli Peixoto e Edson Vando. “Fazemos o trabalho com muito amor e carinho. São dois ou três dias de dedicação onde pintamos o navio de azul e branco e o mastro que vai sempre pintado nas cores, rosa, azul, branco e verde, com o estandarte de São Benedito na ponta. É muito orgulho trabalhar para manter nossa cultura sempre viva”, destaca Darli que também faz parte da banda de congo folclórico São Benedito.

E quem faz as roupas típicas dos conquistas também tem muito orgulho. Caso de Josefina do Amaral Rocha, de 71 anos, que há mais de três décadas costura para diversas bandas de congo. Ela é do tempo em que os vestidos de noiva eram transformados em roupas para Rainhas e Princesas conguistas. 

“Sou da época do Mestre Antônio Rosa e hoje as roupas já mudaram muito. Atualmente, usamos cetim, seda, rendas e outros tecidos e as cores variam de acordo com cada banda de congo. Uma regra tem que ter: o vestido tem que ser bem rodadinho para dar o movimento do congo. Usamos ainda sianinha, franjas, entre outros materiais para montar o estandarte. Toda vida, gostei desse ofício, se eu não fizer, parece que não teve Natal”, conta Dona Zefina, como é conhecida em São Domingos, bairro onde mora.

Outra que se dedica é Regina Maria Paranhos, de 61 anos que literalmente mergulha na manifestação cultural. Além de integrante da banda de congo Konschaça, Regina também costura vestidos, faixas e estandartes. “Reformo e faço roupas novas também. Este ano estamos usando muita renda e cetim brocado. E as cores variam de banda para banda, verde, azul com branco, rosa, amarelo. Já nos estandartes, o tecido vem com a pintura do santo representado pela banda e eu ornamento, coloco fita, franja, bordo. Aí depois disso é só festa”, conclui Regina, que é moradora da Serra Sede.   

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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