Por Anderson Soares
A obra de drenagem e pavimentação da avenida Manhuaçu em Nova Carapina tem sido motivo de polêmica entre moradores e a Prefeitura da Serra. É que a população exigiu a paralisação da obra, pois não quer a via seja asfaltada sem canalizar e tapar o córrego poluído que passa no local.
Já a prefeitura argumenta que não pode tapar o córrego. Segundo ela o Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) não autoriza. Por sua vez, os moradores dizem que a prefeitura já canalizou o córrego na avenida Cataguases e querem ação semelhante na Manhuaçu.
A intenção é diminuir o mau cheiro e acabar com o incômodo provocado pelos mosquitos e roedores que invadem as residências. Além de pôr fim às quedas de criança e idosos na água suja.
O líder comunitário Almir Gomes de Oliveira conta que já foram realizadas várias reuniões, mas nenhuma resultou em acordo que pudesse contemplar a reivindicação dos moradores.
“Da maneira como estão querendo, em alguns pontos é inviável a pavimentação, pois a via vai se afunilando. O manilhamento e o aterro vão permitir a ampliação da avenida”, afirma.
A moradora de uma das casas à beira do córrego, Sandra Regina, diz que ninguém suporta mais o mau cheiro. Ela afirma que pra piorar situação algumas pessoas jogam lixo e a limpeza demora a acontecer.
Dialogando
De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, o fechamento do córrego só pode ser feito com autorização do Iema. Disse que está dialogando com a comunidade, com o Iema e com a Cesan sobre a situação.
Por meio de nota, a Cesan esclarece que a tapagem do córrego bem como o manilhamento são de responsabilidade da Prefeitura e que ela pode ser executada independente da empresa. A equipe de reportagem procurou o Iema para comentar o impasse, mas não obteve resposta até o fechamento da reportagem.
Audiência e protesto
Estava prevista para a noite de amanhã (18) uma Audiência Pública no bairro para discutir a situação. A Audiência foi proposta pelo vereador que mora na região, Toninho Silva (DEM).
Na última quinta-feira (11) os moradores chegaram a parar a BR 101 e protestaram queimando pneus e madeiras.