A Associação de Pastores Evangélicos da Serra (APES) emitiu uma nota de repúdio contra o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ), que deu um tapa no rosto do também deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES). O incidente ocorreu durante o evento de promulgação da Reforma Tributária na Câmara Federal nesta quarta-feira (20).
Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT, estava comemorando a aprovação da medida quando, próximos a ele, parlamentares de oposição começaram a gritar em coro “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão!”. Quaquá então se envolveu em uma discussão com os colegas oposicionistas, e Donato tentou tirar o celular da mão do petista, que reagiu com um tapa no rosto do deputado capixaba. Horas depois do ocorrido, Donato discursou na tribuna do Parlamento, visivelmente emocionado, chegando a soluçar. “Eu me senti muito humilhado”, relatou o capixaba.
O caso evidentemente repercutiu fortemente em todo o país. A Associação de Pastores Evangélicos da Serra, que é a principal a instituição de representação evangélica do município, emitiu nota em defesa do deputado capixaba. Segundo a APES, “é inaceitável que atos de violência encontrem espaço em nossa democracia, especialmente no recinto sagrado da representação popular”, disse a Associação, que completou pedindo respeito mútuo e civilidade no exercício legislativo. A nota termina prestando solidariedade a Donato e cobrando ações “necessárias” contra Washington Quaquá.
Por sua vez o deputado federal do PT disse que não se arrependeu do episódio e justificou: “Ele [Messias Donato] tentou puxar meu celular e me empurrou. Eu não me arrependo. Faria tudo de novo. Recebi muitas mensagens de solidariedade”, disse Quaquá em reportagem publicada pela CNN.