Atenção redobrada ao Aedes com chegada do calor e da chuva

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Segundo a Prefeitura, em 2017 foram quase 800 notificações de dengue na Serra. Foto: Divulgação
Segundo a Prefeitura, em 2017 foram quase 800 notificações de dengue na Serra. Foto: Divulgação

Gabriel Almeida

Com o forte calor associado às constantes chuvas, é esperado o aumento de mosquito na Serra, por isso, é necessário intensificar ações de combate a proliferação do Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. Segundo a Prefeitura da Serra, desde os primeiros dias do ano, o município vem utilizando inseticidas em regiões estratégicas para conter o mosquito.

 De acordo com a assessoria de comunicação da Prefeitura, foi a região de Nova Almeida que recebeu atenção na primeira semana do ano, no combate ao Aedes aegypti. Entre as ações está o bloqueio de transmissão com inseticida leve e pesado, trabalhos educativos e em pontos estratégicos como borracharias, floriculturas e ferros velhos.

A prefeitura afirma também ter o maior número de armadilhas contra a dengue instalados do Estado. No total, já foram instaladas mais de 1.100 equipamentos.

Em 2017, o município da Serra fechou o ano com 81 notificações de febre amarela, 782 de dengue e 69 de chikungunya.

No caso de sentir os sintomas de alguma dessas doenças, seja zika, dengue, chikungunya ou febre amarela, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa.

Os sintomas das doenças são febre alta, erupções cutâneas e dores musculares e articulares. Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal. A pessoa contaminada pode sentir ainda dores locais nos músculos, atrás dos olhos, costas, no abdômen ou ossos, dor forte nas articulações, fadiga, mal-estar, perda de apetite, tremor ou suor. Também é comum dor de cabeça, manchas avermelhadas ou náusea.

A população pode ajudar a combater o mosquito vigiando pontos viciados ou terrenos baldios denunciando a situação pelo Disque Dengue. Na Serra, esse serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 8 às 17 horas. O morador que quiser tirar dúvidas ou realizar denúncias, sem se identificar, pode ligar para o telefone 3228-5394 e para o 0800-283-9780.

O infectologista do Hospital Metropolitano Luis Henrique Borges alerta que gestantes devem ter uma proteção maior contra o Aedes Aegypti. Foto: Divulgação

Inspeção nas residências, telas e repelentes

A prevenção para evitar ser picado por um mosquito e acabar contraindo alguma dessas doenças deve ser redobrada durante períodos de chuvas. Quem explica isso é o médico infectologista do Hospital Metropolitano, Luís Henrique Borges, que alertou também que gestantes devem ter um cuidado maior. “Todas as pessoas devem ter uma defesa pessoal contra o Aedes aegypti. Essa proteção pode ser feita utilizando roupas compridas, sapatos fechados, calças e uso dos repelentes indicados”, afirma.

Luiz ainda disse que o uso de telas e inseticidas em locais onde existe muito mosquito também é preciso. “Telas nas janelas e portas das residências também ajudam a prevenir ser picado por algum mosquito”, relata.

Mas além do cuidado pessoal é preciso ficar atento para os focos do mosquito nas residências. O morador pode ajudar no combate ao mosquito transmissor realizando inspeções semanais em sua casa. “Vasos de plantas, vasilhas de água de animais, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água devem ser observados e sempre limpos para impedir que o Aedes aegypti se reproduza. As famílias devem tirar um dia da semana para realizar uma inspeção em sua residência”, explica Luiz.

Foto de Gabriel Almeida

Gabriel Almeida

Jornalista há 11 anos, Gabriel Almeida é editor-chefe do Portal Tempo Novo. Atua diretamente na produção e curadoria do conteúdo, além de assinar reportagens sobre os principais acontecimentos da cidade da Serra e temas de interesse público estadual.

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