A atividade física é uma importante aliada para a prevenção de diversas doenças, conforme diversas evidências científicas já comprovam. Mas além de ajudarem a evitar enfermidades, os benefícios dessa prática auxiliam pacientes em tratamento.
Um novo estudo coordenado por pesquisadores do Centro Médico de Utrecht, na Holanda, revelou pacientes com câncer de mama metastático (quando a doença sai do seu órgão de origem e afeta outras partes do corpo) podem desfrutar de diversos benefícios quando praticam exercícios físicos regulares.
O estudo, publicado recentemente no periódico Nature Medicine, demonstrou que manter o corpo ativo traz influências positivas para a saúde física e mental.
Foram avaliados 357 pacientes com câncer de mama metastático com idade na faixa de 55 anos e, em sua maioria mulheres. O grupo que faz exercícios apresentou melhores resultados quanto ao estado de fadiga corporal e psicológica.
A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa reforçou a importância da atividade física para paciente em tratamento do câncer. “Fazer exercícios ajuda a diminuir a inflamação do corpo, reduzindo as toxicidades do tratamento, e isso ajuda a amenizar os efeitos colaterais das terapias. E a fadiga é um sintoma muito comum em pacientes oncológicos, especialmente os que são submetidos à quimioterapia”, explicou.
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Além de amenizar a fadiga, o atual estudo mostrou que manter o exercício físico de maneira prolongada foi útil para atenuar os quadros de dores física e dispneia — a falta de ar que pode ocorrer quando há esforço físico, ansiedade ou nervosismo.
“A atividade física ajuda a preservar a força muscular, o condicionamento físico, além de ser uma aliada também da saúde mental, pois contribui para controlar os níveis de ansiedade e outras disfunções emocionais que o paciente pode ter, como angústia e até depressão”, destacou Virgínia.
A oncologista ponderou que a prática de exercício de todo paciente oncológico deve ter liberação médica. “A atividade física auxilia muito quem está em tratamento, mas cada caso é individual, assim como os limites e necessidades de cada pessoa. Por isso, é preciso que o exercício seja liberado pelo médico e acompanhado por um educador físico”, esclareceu.
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