Evidências científicas já comprovam a importância da atividade física para prevenir doenças, inclusive o câncer. Mas um novo estudo revelou que a prática regular de exercícios ajuda a melhorar a saúde de mulheres diagnosticadas com câncer de mama.
O estudo, publicado na revista da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, apontou reduções significativas na taxa de mortalidade e na recorrência da doença em mulheres que mantiveram um estilo de vida saudável antes, durante e após o tratamento.
A pesquisa analisou 10.359 mulheres diagnosticadas com câncer de mama em estágios I a III. Após um acompanhamento por seis anos, os cientistas constataram que a atividade física moderada entre 90 minutos e cerca de 5 horas por semana foi associada a uma redução no risco de recorrência da doença.
O mastologista Silvio Bromberg, membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), informou que os dados do estudo dados indicam que a atividade física regular pode ter um efeito antitumoral significativo, especialmente em determinados subtipos de câncer de mama.
“A taxa de sobrevivência livre de recorrência a distância (DRFS) foi de 86% para praticantes de exercícios semanais por pelo menos 90 minutos e de 91,6% para as mulheres que se dedicaram a um período igual ou maior a 90 minutos por semana”, esclareceu.
A médica oncologista Virgínia Altoé Sessa destacou que, além de contribuir para reduzir o risco de recidiva da doença, conforme indicou o estudo, a prática de atividade física em pacientes oncológicos ajuda a amenizar os efeitos colaterais de alguns tratamentos.
“Em pacientes que estão em tratamento, os exercícios ajudam a diminuir a fadiga, dão mais energia, amenizam as náuseas causadas pela quimioterapia e melhoram muito a qualidade de vida das pacientes”, informou.
Virgínia afirmou, ainda, que a prática de atividade física é indicada para pacientes de todas as idades, mas é importante que os exercícios sejam supervisionados.
“Antes de iniciar qualquer atividade física durante um tratamento para o câncer de mama, é importante conversar com seu médico e receber orientações de um educador físico. Com certeza, os exercícios irão ajudar as pacientes passarem por essa fase de forma mais saudável, tanto fisicamente quanto emocionalmente”, encerrou a oncologista.
